Tendinopatia glútea: fisioterapia e educação postural vs corticoide injetável

A tendinopatia glútea acomete uma em cada quatro mulheres com mais de 50 anos. Um novo artigo do British Medical Journal, publicado em maio, comparou os efeitos de três abordagens.

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A tendinopatia glútea acomete uma em cada quatro mulheres com mais de 50 anos. Um novo artigo do British Medical Journal, publicado em maio, comparou os efeitos de três abordagens: programa de exercícios com fisioterapia e educação postural, uso de corticosteroide injetável ou nenhum tratamento na dor.

Para esse estudo prospectivo, randomizado, conduzido na Austrália, pesquisadores selecionaram 204 indivíduos com idades entre 35 a 70 anos, com tendinopatia glútea confirmada por diagnóstico clínico e ressonância magnética. As abordagens foram:

  1. Fisioterapia e educação postural; de 14 sessões durante oito semanas (n = 69),
  2. Injeção de corticosteroide (n = 66)
  3. Nenhum tratamento (n = 69)

Os desfechos primários foram mudança na condição de quadril (em uma escala de 11 pontos, dicotomizada para sucesso e não sucesso) e intensidade de dor (0 = sem dor, 10 = pior dor) em oito semanas, com acompanhamento a longo prazo na 52ª semana.

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Resultados

Entre os participantes, 189 completaram o estudo. O “sucesso” na mudança na condição do quadril em oito semanas foi de 51/66 para o grupo 1 (fisioterapia + educação postural), 38/65 para o grupo 2 (corticosteroide) e 20/68 para o grupo 3 (nenhum tratamento). Na 52ª semana, os números foram: 51/65 para o grupo 1, 36/63 para o grupo 2 e 31/60 para o grupo 3.

Em oito semanas, a dor relatada na escala de classificação numérica teve pontuação média de 1,5 para o grupo 1, 2,7 para o grupo 2 e 3,8 para o grupo 3. Na 52ª semana, os números foram: 2,1 para o grupo 1, 2,3 para o grupo 2 e 3,2 para o grupo 3.

Pelos achados, os pesquisadores concluíram que para a tendinopatia glútea, a educação postural + fisioterapia e o uso de corticosteroides injetáveis resultaram em taxas mais altas de melhora global e menor intensidade de dor do que nenhum tratamento, sendo a educação postural + fisioterapia a abordagem mais eficaz.

Fratura de quadril: o papel da equipe clínica

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Mellor Rebecca, Bennell Kim, Grimaldi Alison, Nicolson Philippa, Kasza Jessica, Hodges Paul et al. Education plus exercise versus corticosteroid injection use versus a wait and see approach on global outcome and pain from gluteal tendinopathy: prospective, single blinded, randomised clinical trial BMJ 2018; 361 :k1662

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