Doença hepática gordurosa: conheça novidades da diretriz atualizada

A doença hepática gordurosa não alcoólica caracteriza-se pela infiltração de gordura e acúmulo de tecido adiposo no fígado. Confira atualizações na diretriz para tratamento da DHGNA:

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A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), também denominada esteatose, caracteriza-se pela infiltração de gordura e acúmulo de tecido adiposo no fígado, propiciado pela resistência à insulina ou hiperinsulinismo. O diagnóstico da DHGNA requer a exclusão das causas secundárias como o consumo diário de álcool > 30 g para o sexo masculino e > 20 g para o sexo feminino.

A incidência é bastante comum nos países ocidentais, onde a doença atinge em média 17-46% dos indivíduos adultos. Entre os fatores de risco estão diabetes tipo 2, hipotireoidismo, dislipidemia e obesidade. Aliás, este último fator pode ser determinante para a doença hepática gordurosa não alcoólica, pois a ocorrência em pacientes obesos pode chegar a 70%.

Leia mais: Mitos e verdades no tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica

O manejo da DHGNA inclui o controle de elementos metabólicos, como os níveis glicêmicos, adiposos. ou terapia medicamentosa, com administração de pioglitazona e vitamina E. A American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) atualizou sua diretriz de 2012 para o tratamento de pacientes diagnosticados com doença hepática gordurosa não alcoólica, com foco na identificação dos indivíduos com fibrose avançada.

Confira os principais direcionamentos:

  • Pacientes com esteatose hepática incidental detectada em exame de imagem que não apresentam sintomas associados ao fígado e possuem biomarcadores hepáticos normais devem ser examinados para fatores metabólicos de risco ou outras causas da esteatose hepática, inclusive consumo de álcool (>14 doses por semana no caso das mulheres; >21 doses de álcool no caso dos homens);
  • Não é aconselhável aplicação de exames de rotina para DHGNA em grupos de risco por causa das incertezas em torno de testes diagnósticos e opções de tratamento, além da falta de evidências sobre os benefícios a longo prazo deste tipo de rastreio;
  • Para identificar a presença de fibrose em estágio avançado é recomendável o uso de exames não invasivos, como a Elastografia Transitória Controlada por Vibração ou a Elastografia Hepática por Ressonância Magnética;
  • A perda de peso geralmente reduz a esteatose, seja por dieta hipocalórica avulsa ou vinculada com exercícios físicos;
  • O tratamento medicamentoso deve se limitar a pacientes com biópsia comprovada para esteatose hepática não alcoólica e fibrose avançada;
  • Estatinas podem  ser usadas no tratamento de dislipidemia em pacientes com DHGNA e  cirrose hepática compensada.

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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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