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Em estudos prévios, o tolvaptan (antagonista do hormônio antidiurético) não mostrou o benefício esperado no tratamento da insuficiência cardíaca e seu uso ainda é controverso. Em novo artigo do New England Journal of Medicine, pesquisadores realizaram um ensaio clínico de fase III para determinar se o medicamento pode retardar a progressão da doença renal policística.
Para isso, foram selecionados 1.370 pacientes com doença renal policística: com 18 a 55 anos e taxa de filtração glomerular (TFG) estimada de 25 a 65 ml/minuto por 1,73 m² de área de superfície corporal, ou 56 a 65 anos e TFG estimada de 25 a 44 ml/minuto por 1,73 m². Os participantes foram randomizados para tolvaptan ou placebo por 12 meses.
A variação da TFG no baseline foi de -2,34 ml/ por 1,73 m² (IC de 95%: -2,81 a -1,87) no grupo tolvaptan, em comparação com -3,61 ml/minuto por 1,73 m² (IC de 95%: -4,08 a -3,14) no grupo placebo (p<0,001). As elevações no nível de alanina aminotransferase para mais de 3 vezes o limite superior do intervalo normal ocorreram em 5,6% pacientes do grupo tolvaptan e em 1,2% do grupo placebo. Essas elevações foram reversíveis após a interrupção do tolvaptan. Não foram detectadas alterações significativas no nível de bilirrubina.
Para os pesquisadores, esses achados demonstram que o uso de tolvaptan resultou em um declínio mais lento do que o placebo na TFG durante um período de um ano em pacientes com doença renal policística.
Veja também: ‘9 fatos que você precisa saber sobre a doença renal’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Torres VE et al. Tolvaptan in later-stage autosomal dominant polycystic kidney disease. N Engl J Med 2017 Nov 16; 377:1930 || http://dx.doi.org/10.1056/NEJMoa1710030
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