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Essa semana, no portal da PEBMED, falamos sobre um estudo que testou a eficácia da AAS e minociclina no transtorno bipolar. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, falaremos sobre a apresentação clínica e abordagem diagnóstica da doença.
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- Apresentação Clínica
- Episódio depressivo: Humor triste, melancólico ou irritável, disfórico; pessimismo; desesperança; angústia; ansiedade; apatia; anedonia; retardo psicomotor; falta de iniciativa, indecisão, inibição; catatonia; agitação; diminuição da concentração; problemas de memória; pensamento pessimista, com medos irracionais, excesso de culpa, menos valia, ruminação de atos passados, delírios de ruína, culpa, hipocondria ou niilismo; queixas somáticas (alterações do sono e do apetite); dores; sintomas físicos de ansiedade; diminuição da libido.
- Episódio maníaco: Humor eufórico, expansivo, irritado, lábil; diminuição da concentração; distração; confusão; pressão de discurso; pensamento arborizado; sintomas psicóticos (delírios e alucinações), alucinações de conteúdo religioso ou de muito poder; delírios expansivos e grandiosos, com conteúdo religioso, de poder ou persecutório; insônia ou necessidade de sono reduzida; pressão de discurso, verborragia; hipersexualidade.
- Hipomania: Semelhante ao quadro maníaco, mas sem sintomas psicóticos, e de menor gravidade: humor exaltado, confiante, irritável; aumento da velocidade do pensamento, mas sem perda da coerência, dos nexos ou presença de delírios ou alucinações; diminuição das horas de sono; excesso de energia e autoconfiança; hipersexualidade; impulsividade.
- Estado misto: Presença simultânea de sintomas maníacos e depressivos. Mais comuns: humor disfórico alternando com elação do humor; aceleração do pensamento; grandiosidade; ideação suicida; delírios persecutórios; alucinação auditiva; insônia (pode ser grave); agitação psicomotora; hipersexualidade.
- Marcadores de gravidade:
- • Risco de suicídio: o risco de suicídio ao longo da vida é estimado em pelo menos 15 vezes o da população em geral. O transtorno pode responder por um quarto de todos os suicídios. Atenção para a história pregressa de tentativa de suicídio.
- • Catatonia.
- Fatores de risco:
- • Fatores ambientais: mais comum em países com pessoas com renda elevada do que com renda mais baixa. Pessoas separadas, divorciadas ou viúvas têm taxas mais altas de transtorno bipolar tipo I do que aquelas casadas ou que nunca casaram, mas o sentido em que a associação se modifica não é clara.
- • Fatores genéticos e fisiológicos: história familiar (risco 10 vezes maior entre parentes adultos de indivíduos com transtornos bipolar tipo I e tipo II). O risco aumenta com o grau de parentesco. Esquizofrenia e transtorno bipolar provavelmente partilham uma origem genética, refletida na coagregação familiar de esquizofrenia e transtorno bipolar.
- • Gênero: sexo feminino (mais suscetíveis à ciclagem rápida e estados mistos e a padrões de comorbidade que diferem daqueles do sexo masculino; também possuem maiores chances de transtorno depressivo e transtorno por uso de álcool).
- Abordagem Diagnóstica
- História psiquiátrica bem colhida e exame psíquico do paciente. É importante descartar causas clínicas e/ou uso de substâncias.
- Exames de rotina:
- • Hemograma completo (controle no início do tratamento);
- • Função hepática (controle do início do tratamento e avaliar a melhor droga a ser prescrita);
- • Função renal (controle de início de tratamento e avaliar a melhor droga prescrita – cuidado na intoxicação por lítio!);
- • Função tireoidiana (diagnóstico diferencial com mania ou depressão – seguimento: lítio pode alterar a função tireoidiana).