Tratamento contra o câncer é ampliado no SUS

O Ministério da Saúde ampliou a oferta dos procedimentos oncológicos destinados ao tratamento do câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Ministério da Saúde ampliou a oferta dos procedimentos oncológicos destinados ao tratamento do câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, onze hospitais públicos passaram a oferecer a peritonectomia e a quimioperfusão intraperitoneal hipertérmica para a população gratuitamente.

As novas incorporações ampliam as opções de tratamento para pacientes com mesotelioma peritoneal maligno (MPM) e pseudomixoma peritoneal (PMP).

A cirurgia de peritonectomia ou de citorredução visa remover o máximo possível de lesões tumorais, sendo associada aos outros procedimentos, como a hipertermoquimioterapia.

“Destinamos mais de R$ 4,6 bilhões para o tratamento oncológico. Desses recursos, R$ 900 milhões são para tratamento cirúrgico, R$ 500 milhões para o tratamento radioterápico e R$ 2,6 bilhões para a quimioterapia”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que acrescentou que o Brasil é um dos países que têm as políticas públicas para enfrentamento do câncer mais sólidas do mundo.

câncer

Protocolos específicos

Foram publicados protocolos específicos para orientação aos profissionais da saúde sobre respectivas enfermidades e o uso dos novos procedimentos.

Vale ressaltar que os hospitais precisarão cumprir critérios para manter a habilitação. As portarias preveem o monitoramento e trazem toda organização e diretrizes necessárias para orientar gestores e profissionais de saúde no processo de habilitação.

Com essa ampliação, a expectativa é que 200 procedimentos para a cirurgia de citorredução com hipertermoquimioterapia sejam realizados no SUS anualmente, com um impacto orçamentário federal de mais de R$ 6,7 milhões ao ano.

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Sobre as enfermidades

O mesotelioma peritoneal maligno (MPM) é um tipo raro de câncer de comportamento agressivo, que ocorre na superfície peritoneal da cavidade abdominal. Pacientes com MPM apresentam sobrevida de poucos meses após o diagnóstico, quando não tratados.

A incidência de MPM varia dependendo do país, sendo que as maiores taxas, estimadas em 30 casos por milhão de habitantes por ano, ocorrem em países com mineração e utilização de amianto em indústrias.

Já o pseudomixoma peritoneal (PMP) é um tumor raro, com incidência estimada em um caso por milhão de habitantes por ano, sendo mais recorrente em mulheres (duas a três vezes mais que homens).

Apesar de tradicionalmente considerada uma neoplasia benigna, a doença se manifesta em um amplo espectro, variando de um comportamento com crescimento lento até tumores agressivos e podem se espalhar para outras regiões do corpo.

“Em geral, a peritonectomia e a quimioperfusão Intraperitoneal (HIPEC) são realizados em concomitância, possibilitando que benefícios em termos de sobrevida aos pacientes sejam ampliados. A sobrevida média com MPM para pacientes não tratados é de seis meses”, disse o oncologista Marcos Saramago, formado pela Universidade do Porto, em Portugal, em entrevista ao Portal PEBMED.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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