Tromboembolismo venoso pediátrico: como manejar?

O TEV no contexto intra-hospitalar é considerado como o segundo fator contribuinte para dano nos pacientes internados, só perdendo para as infecções relacionadas a cateter.

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O tromboembolismo venoso (TEV) no contexto intra-hospitalar é considerado como o segundo fator contribuinte para dano nos pacientes internados, só perdendo para as infecções relacionadas a cateter.

Na população pediátrica, diversos estudos mostram o aumento da incidência de TEV intra-hospitalar atribuída ao aumento da sobrevida dos pacientes críticos e uso de cateteres intravenosos, que são considerados os principais fatores de risco para TEV nas crianças, dado que difere da população adulta, onde o câncer, por exemplo, tem maior impacto.

O TEV pediátrico pode ter repercussões clínicas, como: perda de acesso venoso, dor no sítio da trombose, infecção, embolia pulmonar, óbito e desenvolvimento de síndrome pós-trombótica, complicação a longo prazo pouco conhecida na comunidade médica e com poucos estudos em crianças.

Nos últimos anos, alguns estudos visando a identificação de fatores de risco associados ao TEV foram desenvolvidos com o intuito de elaborar escores de risco para identificação dos pacientes propensos e, consequentemente, instituição de profilaxia trombótica – seja mecânica (pneumática ou meia de compressão elástica) ou farmacológica (anticoagulante em dose profilática). Modelos de risco institucionais foram criados, mas ainda não foi possível criar um único escore que seja aplicável em todos os cenários, dado que os estudos são heterogêneos e com número relativamente pequeno de pacientes.

Na população adulta, a importância do TEV é inquestionável, já que a existência e cumprimento de protocolos de prevenção de TEV são considerados parâmetros de qualidade assistencial avaliados dentro do processo de acreditação hospitalar como, por exemplo, a Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organization. Os protocolos de prevenção de TEV nos adultos sabidamente reduzem a incidência de complicações tromboembólicas e, consequentemente, a morbimortalidade associada.

Dados brasileiros são escassos e na tentativa de responder à pergunta, foi criado um estudo multicêntrico, observacional, de coorte ambidirecional, com estudo caso-controle aninhado para identificação de fatores de risco de TEV, denominado TROMBOPED. A parceria entre as instituições brasileiras será fundamental para a criação de um protocolo aplicável na nossa realidade.

Nesse mês, no dia 13 outubro, é celebrado pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) o dia mundial da prevenção da trombose, com o objetivo de alertar a comunidade médica para a importância do tema.

A conscientização da população médica brasileira para a identificação de sinais e/ou sintomas associados ao TEV e a confirmação através do diagnóstico radiológico é o tema da nossa campanha nacional.

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Referências:

  • Witmer CM, Takemoto CM. Pediatric Hospital Acquired Venous Thromboembolism Front. Pediatr. 2017;5:198.

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