UERJ inicia em março rastreamento de pacientes com retinopatia diabética com a meta de zerar fila do SUS

A partir de março, a UERJ vai realizar o rastreamento de pacientes com retinopatia diabética com a meta de zerar a fila do SUS.

A partir de março, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) vai realizar o rastreamento de pacientes com retinopatia diabética com a meta de zerar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo um levantamento realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em 2021, cerca de 2,3 milhões de diagnósticos de retinopatia diabética deixaram de ser realizados na rede pública entre os meses de janeiro e setembro de 2020, devido à pandemia de Covid-19. Os atendimentos somente começaram a ser normalizados no ano passado.

O reitor da UERJ, Ricardo Lodi, disse em uma entrevista ao portal da universidade que o objetivo principal da ação é implementar um protocolo de rastreamento para agilizar a detecção dos casos de retinopatia diabética através de telemedicina e sistema de inteligência artificial a fim de reduzir a demanda reprimida de pacientes em lista de espera para exame de retina e de consulta com oftalmologistas.

“Queremos zerar essas solicitações e, posteriormente, implantar uma forma de atendimento eficiente que possa evitar essa longa espera. Nosso objetivo é prestar um atendimento de qualidade a toda a população do estado, pois a UERJ tem um compromisso com a saúde da população”, afirmou Ricardo Lodi.

médico fazendo rastreamento de retinopatia diabética

Rastreamento de retinopatia diabética

O “mutirão” começará rastreando pacientes já cadastrados no sistema e que são moradores dos seguintes bairros: Tijuca, Praça da Bandeira, Alto da Boa Vista, Vila Isabel, Maracanã, Andaraí e Grajaú. Os exames serão realizados por oftalmologistas especialistas em retina e auxiliados por técnicos capacitados.

Os exames de retinografia serão realizados em dois locais: no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) e na Policlínica Piquet Carneiro (PPC). O laudo e o encaminhamento serão enviados por mensagens de e-mail para os pacientes.

Já os exames serão agendados por mensagens eletrônicas ou contatos telefônicos. A estimativa é que em um turno de quatro horas sejam agendados 16 pacientes.

No primeiro mês, o projeto será iniciado com apenas um retinógrafo no Hupe para treinamento dos técnicos em oftalmologia e dois turnos de trabalho por semana, totalizando 32 pacientes por dia e 128 pacientes por mês. Em uma próxima etapa, serão utilizados dois retinógrafos simultaneamente, no Hupe e na PPC, aumentando a capacidade para 224 atendimentos mensais.

Veja mais: Retinoblastoma: o que precisamos saber sobre a avaliação oftalmológica em crianças com menos de 5 anos?

Expectativas

A expectativa é que esse projeto piloto possa demonstrar a efetividade do rastreamento da retinopatia diabética através da telemedicina e da inteligência artificial, com tratamento dos casos graves e prevenção de casos de cegueira.

O segundo objetivo é que o serviço de teleoftalmo Rio, disponibilizado pela UERJ, possa ser ampliado para outras regiões da cidade e, posteriormente, para todo o estado do Rio de Janeiro.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades