Ultrassonografia óssea: como o ultrassom pode auxiliar na osteoporose?

Com a ultrassonografia é possível estabelecer a qualidade óssea e a estratificação de um risco maior de fraturas no paciente.

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A osteoporose é definida pela redução da densidade óssea que resulta em diminuição da resistência mecânica do osso e aumenta o risco de fraturas. A osteoporose prevalece em idosos e é uma patologia que gera altos custos sociais e financeiros. Apesar de cada vez mais disponível, a avaliação da densidade mineral óssea por métodos convencionais, os dados epidemiológicos demonstram uma necessidade ainda maior de estratificar os pacientes com risco de fratura. Nesse sentido, a ultrassonometria se propõe a fornecer uma avaliação complementar e fidedigna da qualidade óssea.

osteoporose

Limitações da ultrassonometria no rastreio da osteoporose

Entretanto, uma das limitações dos exames ultrassonográficos é capacidade que a onda sonora tem em propagar na estrutura e emitir os ecos que serão analisados; o tecido ósseo, pela a sua formação, dificulta bastante a aplicabilidade. Todavia, diante das vantagens como método de fácil domínio, alta disponibilidade, baixo custo, não invasivo e, principalmente, sem uso de radiação, algumas pesquisas acabaram por desenvolver técnicas capazes de avaliar os ecos ultrassonográficos do tecido ósseo.

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As técnicas se baseiam na reflexão ou na transmissão da onda sonora, sendo esta a mais utilizada. A técnica de transmissão utiliza dois transdutores de sinal sonoro, acoplados, para emissão e recepção da onda sonora, enquanto os sistemas com técnica de reflexão usam um mesmo transdutor para emissão e recepção da onda sonora. Os aparelhos atualmente utilizados fornecem as seguintes variáveis: velocidade do som, velocidade aparente do som,
coeficiente de atenuação do som e o índice “stiffness”.

Conclusão

Com esse mecanismo e as avaliações dessas variáveis é possível estabelecer de forma complementar a qualidade óssea e, a partir disso, estratificar paciente com maior risco de fraturas. Ressaltando sempre que
os estudos não recomendam a substituição da avaliação da densidade mineral óssea considerada padrão ouro.

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Referências:

  • ALVES, Jose Marcos. Caracterização de tecido ósseo por ultra-som para o diagnóstico de osteoporose. 1996. Tese (Doutorado em Física Aplicada) – Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1996. doi:10.11606/T.76.1996.tde-15052009-090200. Acesso em: 2019-05-21.
  • CASTRO, C.H.M.; PINHEIRO, M.M.; SZEJNFELD, V.L.. Prós e contras da ultra-sonometria óssea de calcâneo. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 46, n. 1, p. 63-69, Mar. 2000 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000100010&lng=en&nrm=iso>. access on 21 May 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302000000100010.

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