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O câncer de mama é o câncer mais incidente nas mulheres de todo mundo. A taxa de mortalidade no Brasil, ajustada pela população mundial, foi 14,23 óbitos/100.000 mulheres, em 2019, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 16,14 e 15,08 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente (INCA, 2021). Para o ano de 2021 foram estimados 66.280 casos novos no Brasil, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2020). Ainda mais preocupante se unirmos esses dados ao fato da pandemia ter diminuindo em quase 50% a procura das mulheres para realizar mamografia de rastreamento, fazendo com que aumente a detecção tardia, aumentando a mortalidade devido à câncer de mama após a pandemia causada pelo Covid-19 (Comissão Nacional de Mamografia, 2021).
Em agosto de 2021 foi publicado um artigo na revista de oncologia da JAMA Networking com objetivo de avaliar a efetividade e a necessidade de realizar ultrassonografia complementar a mamografia em pacientes entre 40 e 49 anos, assintomáticas, com densidade mamária variável. É uma segunda análise da estratégia japonesa anticâncer, um estudo randomizado iniciado em 2007, com a primeira análise com dados até 2011, e agora com dados até 2020. Um total de 19.213 mulheres participaram do estudo, dessas, aproximadamente 60% apresentavam mamas heterogêneas ou extremamente densas.
Saiba mais: Inteligência artificial no rastreamento de câncer de mama
Segundo Harada-Shoji (2021), realizar mamografia e ultrassonografia mamária nas pacientes entre 40 e 49 anos assintomáticas aumentam as chances de diagnóstico de câncer de mama inicial, independente da densidade mamária. Realizar apenas mamografia ou apenas ultrassonografia diminui consideravelmente a chance dessa paciente ter um diagnóstico precoce. Devendo ser considerada a solicitação médica para rastreio de câncer de mama em pacientes entre 40 e 49 anos, assintomáticas e mesmo sem fator de risco a ultrassonografia adjuvante a mamografia.
Com o crescente aumento da incidência de câncer de mama no Brasil, principalmente, no sudeste e sul do país, medidas que diminuam a morbidade e mortalidade da doença devem ser tomadas. Uma medida importante é conseguir fazer o rastreio com ultrassonografia adjuvante na maioria das mulheres jovens. Principalmente a detecção precoce de câncer de mama que apresentam tipos histológicos agressivos, para podermos garantir uma boa qualidade de vida para a paciente.
Referências bibliográficas:
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