Uso de anti-hipertensivos genéricos aumenta risco de eventos adversos, indica estudo

Pesquisadores avaliaram o impacto da comercialização de medicamentos anti-hipertensivos genéricos no número de eventos adversos (hospitalizações ou consultas de emergência).

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Em novo artigo publicado na revista Circulation, pesquisadores avaliaram o impacto da comercialização de medicamentos anti-hipertensivos genéricos no número de eventos adversos (hospitalizações ou consultas de emergência) no Canadá.

O estudo foi realizado com a base de dados canadense Quebec Integrated Chronic Disease Surveillance System. As taxas de eventos adversos para usuários de losartan, valsartan e candesartan (n = 136.177) com idades ≥ 66 anos foram calculadas mensalmente, 24 meses antes e 12 meses após o início da comercialização de genéricos.

Entre os participantes que utilizaram anti-hipertensivos genéricos, a análise mostrou que o aumento nas taxa de eventos adversos para cada um dos fármacos foi:

– candesartan: 14% (intervalo de confiança de 95%: 7,9% a 25,3 %; p < 0,0001)
– valsartan: 11,7% (intervalo de confiança de 95%: 9,9% a 24,3%; p < 0,0001)
– losartan: 8% (intervalo de confiança de 95%: -0,9% a 15,9%; p = 0,0643)

Leia também: ‘Anti-hipertensivos S.O.S.’

Uma tendência mensal de aumento nas taxas de eventos adversos foi identificada nos usuários de genéricos do losartan ≤ 1 ano após o início da comercialização (intervalo de confiança de 95%: 0,7% – 3,4%; p = 0,0033). Resultados semelhantes foram encontrados nas análises de sensibilidade.

Com base nesses achados, os pesquisadores concluíram que, entre os indivíduos que fizeram uso de anti-hipertensivos genéricos, observaram-se diferenças imediatas nas taxas de eventos adversos para os três fármacos analisados, sendo essa diferença mais pronunciada no primeiro mês e com candesartan.

Para os autores, esses resultados são importantes e merecem maior atenção através de vigilância sistemática da saúde pública e mais estudos considerando todos os potenciais fatores de confusão.

Para a realidade brasileira, o estudo apenas levanta a importância da fiscalização das agências reguladoras em cima da qualidade da produção farmacêutica dos genéricos nacionais. Você pode ler o artigo na íntegra nesse link.

E mais: ‘Uma reportagem pode condenar os genéricos?’

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Impact of the Commercialization of Three Generic Angiotensin II Receptor Blockers on Adverse Events in Quebec, Canada. Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes. 2017;10:e003891, originally published October 3, 2017. https://doi.org/10.1161/CIRCOUTCOMES.117.003891

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