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A infecção é uma razão comum para cirurgia de revisão na artroplastia total primária do joelho (ATJ), levando à readmissão hospitalar e aumentando as taxas de morbidade e mortalidade. O aumento da incidência das infecções causadas por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) também é uma preocupação particular.
O uso de vancomicina intravenosa como agente profilático sozinho ou em combinação com cefalosporina não demonstrou taxas mais baixas de infecção periprotética em estudos prévios.
Durante a reunião anual da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS) a Sociedade Americana de Cirurgia do Joelho concede três prêmios científicos para artigos apresentados. Um dos artigos premiados abordou esta temática.
Trata-se de uma análise retrospectiva de uma série de casos de artroplastias totais do joelho examinando a incidência de infecção periprotética, reações adversas e complicações usando vancomicina intravenosa (IV) ou vancomicina intraóssea (IO).
A amostra incluiu 1.060 pacientes submetidos a ATJ entre maio de 2016 a julho2020. Um total de 572 pacientes receberam vancomicina IV e 488 intraóssea. Os grupos não apresentaram diferenças quanto a idade, sexo, IMC, ou comorbidades.
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O grupo IV recebeu uma dose IV de 15 mg/kg de vancomicina administrado mais de uma hora antes da incisão na pele. O grupo IO recebeu uma dose de 500 mg de vancomicina misturada em 150 mL de solução salina normal, injetada na tíbia proximal após insuflação do torniquete antes da incisão de pele. Todos os pacientes receberam profilaxia com cefalosporina de primeira geração como rotineiramente recomendado.
A incidência de infecção periprotética com mínimo de 90 dias de acompanhamento foi de 1,4% (oito joelhos) no grupo IV e 0,22% (um joelho) no grupo IO (p = 0,047). Este relatório preliminar demonstrou um redução significativa na incidência de infecção em ATJ usando vancomicina IO. Embora o estudo tenha limitações seus resultados são animadores.
O estudo sugere que a administração IO de vancomicina após a insuflação do torniquete é uma alternativa segura e eficaz e que parece apresentar resultado superior ao uso de vancomicina IV como estratégia suplementar de prevenção das infecções periprotéticas.
Referência bibliográfica:
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