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Sabe-se que o avanço da tecnologia vem facilitando os profissionais de diversas áreas a trabalharem com maior segurança e facilidade em todas as profissões, e na medicina, esses avanços também vêm contribuindo para que os profissionais da área de saúde possam melhorar suas técnicas e condutas práticas. O surgimento do videolaringoscópio contribuiu de forma significativa para que os procedimentos de intubação traqueal, principalmente em vias aéreas difíceis, fossem realizados com muito mais precisão, facilidade e segurança, diminuindo assim, as complicações oriundas dessa técnica. E por conta disso, o seu uso se propagou e se popularizou de forma rápida.
Atualmente com o surgimento da Covid-19 o seu uso também ficou bastante popularizado, uma vez que permite uma intubação segura, com riscos mínimos de contaminação dos profissionais.
Existem vários modelos de videolaringoscópio, mas de uma forma geral, consiste em um instrumento formado por um laringoscópio acoplado a uma câmera que proporciona uma visualização direta, por imagem, das vias aéreas superiores e do trajeto do tubo traqueal durante todo o procedimento de intubação. Promove a perfeita visualização da glote, que é a estrutura visualmente mais importante para que uma intubação traqueal seja realizada com sucesso. Foi originalmente criado para uso em pacientes com vias aéreas difíceis, como um excelente facilitador, porém ganhou notoriedade e hoje é usado de forma rotineira na prática clínica, não somente no ambiente cirúrgico, mas também nas salas de trauma, em ambulâncias e unidades de terapia intensiva.
O videolaringoscópio fornece ângulos bem maiores de visualização da cavidade oral e das vias aéreas do que os laringoscópios comuns, além de simultaneamente rebater os tecidos moles que porventura podem atrapalhar a visualização da região, principalmente onde a anatomia não é favorável. Os laringoscópios normais precisam de um alinhamento dos três eixos (oral, faringeal e laringeal) para que se possa ter uma posição favorável para visualização da glote, o videolaringoscópio não necessita desse posicionamento, o que facilita a intubação em situações adversas com o imobilização cervical e até em mãos de profissionais menos experientes.
Saiba mais: Videolaringoscopia no atendimento pré-hospitalar: seria essa uma nova realidade?
Com a sua expansão na prática médica, vários estudos foram realizados com a intenção de fornecer novas utilidades para o uso do videolaringoscópio, partindo para outros campos de atuação, não somente o da intubação traqueal, uma vez que esse aparelho pequeno, simples e portátil fornece imagens das vias aéreas de forma efetiva.
Além do uso rotineiro original do videolaringoscópio como intubação traqueal, intubação nasotraqueal, intubação acordado, intubação em pacientes com Covid-19, alguns estudos demonstraram diversas outras funções onde ele também pode ser aplicado. Entre elas:
A única contraindicação absoluta do uso desse aparelho é em casos onde há dificuldade do paciente em abrir a boca suficiente para se introduzir a lâmina.
Muitos centros estão instituindo o videolaringoscópio como ferramenta primária para intubação traqueal, porém infelizmente, apesar das múltiplas qualidades e funções desse aparelho, nem todos os centros têm disponibilidade do seu uso, devido a motivos financeiros.
Referências bibliográficas:
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