Vacinação reduz prevalência de rotavírus nos EUA

Com dados de sistemas de vigilância, o CDC procurou avaliar o impacto a longo prazo da vacinação contra rotavírus na prevalência e sazonalidade da doença.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Em meio a diversos mitos em relação à segurança das vacinas e à reemergência de doenças previamente controladas devido à baixa cobertura vacinal, um novo relatório divulgado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostra novas evidências do benefício da vacinação.

Saiba mais: Mitos e verdades sobre a vacinação

Antes de 2006, doença por rotavírus era a principal causa de gastroenterite grave em crianças dos Estados Unidos. Utilizando dados de sistemas de vigilância, o CDC procurou avaliar o impacto a longo prazo da vacinação contra rotavírus – introduzida nos EUA em 2006 – na prevalência e na sazonalidade da doença. Os dados foram analisados em dois períodos: o período pré-vacinal (2000 – 2006) e o pós-vacinal (2007 – 2018).

Os resultados mostram uma redução na porcentagem média de testes positivos para rotavírus de 25,6% (25,2 – 29,4) no período pré-vacinal para 6,1% (2,6 – 11,1) no pós-vacinal, uma redução de 76%. Da mesma forma, o período pós-vacinal apresentou, em comparação com o período pré-vacinal, menores valores anuais médios de pico de positividade (43,1% vs. 14%) e menor duração média dos períodos de sazonalidade (26 semanas vs. 9 semanas).

Veja também:  Novo calendário nacional de vacinação do Ministério da Saúde para 2019

Um achado interessante foi o de um novo padrão de sazonalidade após a introdução da vacina composto de biênios, com um ano de alta atividade e outro de baixa atividade do vírus. Acredita-se que isso seja devido à relativa baixa cobertura vacinal nos EUA, que está em torno de 70%. O relatório destaca que, em países em que a vacinação alcança 90 a 95% da população, esse padrão não é observado.

O relatório conclui que a introdução da vacina contra rotavírus reduziu marcadamente a prevalência de rotavírus nos EUA. Durante todo o período pós-vacinal, a atividade do vírus e a duração dos períodos de sazonalidade foram menores do que nos anos pré-vacinais. Os autores reforçam que esforços para aumentar a cobertura vacinal devem continuar para maximizar esses benefícios.

Referências:

  • Hallowell, BD, Parashar, UD, Curns, A, DeGroote, NP, Tate, JE. Trends in the Laboratory Detection of Rotavirus Before and After Implementation of Routine Rotavirus Vaccination – United States, 2000 – 2018. MMWR 2019. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/68/wr/mm6824a2.htm?s_cid=mm6824a2_w
  • Kuehn, B. Reductions in Rotavirus Infections. JAMA 2019;322(6):496. doi:10.1001/jama.2019.11314

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades