Ventilação Mecânica (VM) no paciente séptico: pontos de atenção [podcast]

Neste episódio, Luiz Alberto Forgiarini aborda sobre a ventilação mecânica no paciente com sepse, cuja principal complicação é a SDRA.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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Sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue.

Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, por exemplo, o pulmão, mas a reação inflamatória produzida pelo próprio hospedeiro, na tentativa de conter o agente infeccioso, leva à lesão de órgãos e tecidos. Ou seja, sepse é infecção associada à disfunção orgânica.

Neste episódio, o especialista em fisioterapia e terapia intensiva, Luiz Alberto Forgiarini, aborda como naqueles pacientes que sofrem de sepse grave, a Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda se destaca como a complicação principal.

A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) foi redefinida no ano de 2012, na chamada Definição de Berlim, onde foi categorizada em leve, moderada e grave. A SDRA está fortemente associada a casos de sepse, assim como disfunção de múltiplos órgãos e sistemas.

Classificação

A sua classificação está relacionada ao grau de hipoxemia mensurado através da relação entre a PaO2 e a fração inspirada de oxigênio (FiO2), chamada relação PaO2/FiO2, onde:

  • SDRA leve: 300 a 201 com PEEP > 5 cmH2O;
  • SDRA moderada: 200 a 101 com PEEP > 5 cmH2O;
  • SDRA grave: <100 com PEEP > 5 cmH2O.V

Ventilação Mecânica na SDRA

A ventilação mecânica deve ser realizada, nas primeiras 24 a 48 horas, em modos controlados, sejam na pressão (PCV) ou no volume (VCV). No modo controlado, a pressão, cabe ressaltar, que o valor da pressão das vias aéreas se equipara a pressão platô.

O volume corrente deverá ser ajustado de acordo com a gravidade, sendo:

  • SDRA leve: volume corrente de 6 mL/kg de peso predito;
  • SDRA moderada a grave: volume corrente de 3 a 6 mL/kg de peso predito.

A FiO2 deve ser ajustada no menor valor possível com o objetivo de garantir uma Saturação Periférica de O2 (SpO2) maior que 92%, independente da gravidade.

A frequência respiratória deve iniciar em 20 respirações por minuto (rpm), podendo ser aumentada até 35 rpm, neste caso, deve-se avaliar se não está ocasionando auto-PEEP. O ajuste deve também estar relacionado com a PaCO2 almejada.

Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

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