Você sabe diagnosticar a DPOC?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a abordagem diagnóstica da DPOC.

Nesta semana, falamos sobre o uso de LAMA + LABA versus LABA + ICS para o tratamento de DPOC estável. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a abordagem diagnóstica da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

medico anotando em uma prancheta

Abordagem Diagnóstica

Exames laboratoriais de rotina não são necessários para o diagnóstico inicial da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), porém podem ser utilizados para identificação de outras causas de dispneia ou doenças concomitantes.

  • Exames laboratoriais: Hemograma completo (anemia é comorbidade comum em pacientes com DPOC), glicose sérica, ureia, creatinina, eletrólitos, cálcio, fósforo e dosagem de TSH. A dosagem de BNP é interessante para avaliar insuficiência cardíaca.Um aumento da concentração de bicarbonato sanguíneo pode indicar hipercapnia crônica, refletindo um processo compensatório do rim.
  • Monitorização do Peak flow (PEF): Embora usualmente utilizado no diagnóstico e acompanhamento da asma, seu uso é limitado no DPOC, visto que costuma subestimar o grau de obstrução do fluxo aéreo nesta doença.
  • Capacidade de difusão de monóxido de carbono: Não é indicado de rotina para diagnóstico de DPOC, no entanto pode ser útil para estabelecer a presença de enfisema (baixa capacidade de difusão).
  • Radiografia de tórax: Não está indicada de rotina para avaliação diagnóstica do DPOC por sua baixa sensibilidade. No entanto, costuma ser solicitada por sua utilidade na exclusão de diagnósticos diferenciais e comorbidades. Está indicada diante de um episódio de exacerbação aguda, para avaliação de pneumonia e outras complicações da doença (pneumotórax).
  • Alterações: Hipertransparência pulmonar com apagamento de estruturas vasculares; hiperinsuflação pulmonar; área cardíaca estreita na incidência frontal; contorno diafragmático plano e aumento do espaço retroesternal na incidência em perfil; na hipertensão pulmonar com cor pulmonale avançado, observa-se aumento da área cardíaca (principalmente no perfil com redução do espaço retroesternal) e proeminência de vasos hilares.
  • TC de Tórax: Assim como a radiografia de tórax, não é recomendada de rotina para diagnóstico, porém pode ser considerada em vigência de exacerbações agudas para avaliação de complicações pulmonares (infecção, pneumotórax, bolhas gigantes).
  • Gasometria arterial: Indicada em pacientes com VEF1 < 50%, saturação de oxigênio na oximetria de pulso < 92%, pacientes com diminuição do nível de consciência e na exacerbação aguda do DPOC. Importante nestes contextos para avaliação de acidose, hipoxemia e hipercapnia e indicação de oxigênio suplementar.
  • Alfa-1 antitripsina: Deve ser solicitada em todo paciente com diagnóstico de DPOC e apresentação precoce (< 45 anos) e na ausência de fatores de risco (tabagismo).

Espirometria

Prova de Função Pulmonar

Indicação: Indicado em todos os pacientes com suspeita clínica de doença pulmonar obstrutiva crônica para confirmação diagnóstica, avaliação do grau de limitação, avaliação de resposta ao tratamento e avaliação da progressão da doença.

Objetivo: Demonstrar a limitação ao fluxo aéreo e a reversibilidade por prova broncodilatadora.

Alterações esperadas: Espirometria deve ser realizada pré e pós-administração de broncodilatador (prova broncodilatadora) para determinar a responsividade da via aérea. Limitação irreversível (prova broncodilatadora negativa), ou apenas parcialmente reversível, é característica do DPOC. O diagnóstico de DPOC é confirmado quando o índice de tiffeneau (VEF1/CVF) <0.7, VEF1 <80% do previsto, e não há outra explicação para os sintomas e obstrução do fluxo aéreo.

  • Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF): <0,7 é considerado diagnóstico de obstrução do fluxo aéreo;
  • Volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1): O percentual de VEF1 medido após broncodilatador em relação ao esperado para o paciente determina a gravidade da limitação ao fluxo aéreo e, consequentemente, a classificação do DPOC.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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