Você sabe identificar a síndrome de brugada?

A doença geralmente afeta adultos jovens, com a maioria dos casos se manifestando entre 30 e 50 anos de idade.

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, trazemos a abordagem diagnóstica da síndrome de brugada. Trata-se de uma doença autossômica dominante rara, caracterizada por alterações eletrocardiográficas, sintomas específicos e um risco aumentado de arritmias ventriculares potencialmente fatais.

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estetoscópio em cima de um eletrocardiograma

Eletrocardiograma (ECG): O ECG evidencia um padrão de supradesnivelamento de ST maior que 2 mm, seguido de onda T descendente negativa (tipo 1 – barbatana de golfinho) ou supradesnivelamento de ST menor que 2 mm, com onda T ascendente positiva (tipo 2 – em sela). Essas alterações ocorrem principalmente em V1 e V2.

O ECG do tipo 1 mais sinais, sintomas e/ou história familiar positiva definem a síndrome. Já o ECG do tipo 2 sugere e necessita de monitorização seriada para confirmação. É importante salientar que pacientes com o padrão eletrocardiográfico de brugada, sem sintomas, são considerados apenas portadores assintomáticos. A síndrome de brugada (SB) deve vir acompanhada de sintomas.

Os pacientes com suspeita da síndrome devem ser estratificados para outras doenças, caso seja encontrada outra patologia que se encaixe melhor no diagnóstico o tratamento específico deve ser iniciado.

A SB se apresenta em corações estruturalmente normais. Portanto, qualquer alteração anatômica ou funcional deve levar à busca de outro diagnóstico. Nesse contexto, exames como a ecocardiografia, ecocardiografia de estresse e até a ressonância magnética podem ser úteis.

Acesse também: Highlights ESC 2023 – European Society of Cardiology [podcast]

Teste medicamentoso: Pacientes em que o diagnóstico é dúbio ou portadores de ECG tipo 2 podem ser submetidos a um teste provocativo com Flecainida ou Procainamida.

Estudo eletrofisiológico (EEF): A estimulação elétrica ventricular durante o EEF tem resultados conflitantes tanto como valor preditivo positivo quanto como negativo.

A incidência de eventos de TV ou FV em pacientes com síndrome de brugada foi de 13,5% em pacientes recuperados de uma PCR, 3,2% de síncope cardiogênica e menos de 1% em assintomáticos. Sendo assim, a abordagem diagnóstica se baseia apenas em identificar a síncope cardiogênica, descartar outras doenças e procurar pelos padrões eletrocardiográficos.

Teste genético: O teste genético está indicado em todos os pacientes com síndrome de brugada. Caso seja detectado um padrão genético de mutação, deve-se proceder o teste nos familiares de primeiro grau. Não há indicação de teste genéticos em pacientes portadores apenas do padrão eletrocardiográfico de brugada, sem a síndrome.

  • Infarto com supra de ST; 
  • Doença arterial coronariana;
  • Síndrome do QT longo; 
  • Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito; 
  • Cardiomiopatia hipertrófica. 

 

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