Whitebook: conheça a síndrome oculoglandular de Parinaud

Em nossa publicação semanal de conteúdos do Whitebook, separamos os critérios sobre diagnóstico e apresentação da Síndrome oculoglandular de Parinaud.

Essa semana no Portal da PEBMED falamos sobre a Síndrome oculoglandular de Parinaud. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos os critérios sobre diagnóstico e apresentação da Síndrome oculoglandular de Parinaud.

Veja as melhores condutas médicas no Whitebook Clinical Decision!

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Síndrome oculoglandular de Parinaud é uma condição clínica rara caracterizada por uma conjuntivite granulomatosa unilateral, acompanhada de linfadenopatia satélite submandibular ou pre-auricular.

Fisiopatologia: A etiologia mais comum é a doença da arranhadura do gato (causa mais comum é por Bartonella henselae). Outras causas são a esporotricose, tularemia, tuberculose, outras micobactérias, sífilis, leucemia, linfoma, caxumba, mononucleose, fungos, sarcoidose, listeria.

Anamnese

Quadro clínico: Olho vermelho, secreção mucopurulenta, sensação de corpo estranho.

Exame Oftalmológico

  • Nódulos granulomatosos na conjuntiva palpebral;
  • Linfonodos submandibulares ou pré-auriculares ipsilaterais visivelmente edemaciados;
  • Febre;
  • Erupção;
  • Conjuntivite folicular.

Abordagem Diagnóstica

  • Histórico: contato com gatos, relato de lambida ou arranhadura dentro de duas semanas dos sintomas; contato com coelhos ou outros pequenos animais silvestres ou carrapatos (tularemia);
  • Biomicroscopia com lâmpada de fenda;
  • Palpação de linfonodos na cabeça e pescoço;
  • Quando a etiologia é desconhecida podem ser feitos:
    • Biópsia conjuntival com raspados para coloração de gram, giemsa e BAAR;
    • Culturas conjuntivais em ágar sangue, Lowenstein Jensen, Sabouraud e tioglicolato;
    • Hemograma completo, FTA ABS, ECA e se o paciente estiver febril, cultura de sangue;
    • Radiografia de tórax, PPD e avaliação para anergia;
    • Se houver suspeita de tularemia são necessários títulos sorológicos;
    • Se o diagnóstico de doença da arranhadura do gato for incerto, realizar sorologia para arranhadura do gato e teste cutâneo para arranhadura do gato (Hanger Rose).

Diagnóstico Diferencial

  • Conjuntivite viral;
  • Conjuntivite bacteriana;
  • Conjuntivite alérgica;
  • Granuloma de conjuntiva.

Acompanhamento

Repetir exame ocular em 1-2 semanas. Os granulomas conjuntivais e a linfadenopatia podem levar de 4-6 semanas para melhorar em caso de doença de arranhadura do gato.

  • Em geral, há melhora espontânea em 6 semanas;
  • Azitromicina 500 mg VO de 6/6 horas, passando para 250 mg VO de 6/6 horas (duração individualizada);
  • Alternativa: Ciprofloxacino 500 mg VO de 12/12 horas;
  • Se paciente criança: Azitromicina 10 mg/kg VO de 6/6 horas, passando para 5 mg/kg VO de 6/6 horas.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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