Whitebook: como abordar a coagulopatia na Covid-19?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, vamos falar sobre a abordagem da coagulopatia na Covid-19.

Esta semana, falamos no Portal PEBMED sobre várias questões da pandemia de coronavírus, como a anticoagulação na Covid-19. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos falar sobre a abordagem da coagulopatia na Covid-19.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

prancheta de médico atendendo paciente com coagulopatia na covid-19

Acompanhamento

Estratificação de Risco – Escore SIC (Sepsis-Induced Coagulopathy)

Plaquetometria:

  • 100.000-150.000/mm³ = 1 ponto;
  • < 100.000/mm³ = 2 pontos.

INR:

  • 1,2-1,4 = 1 ponto;
  • > 1,4 = 2 pontos.

Escore SOFA:

  • 1 = 1 ponto;
  • ≥ 2 = 2 pontos.

Interpretação: Acredita-se que indivíduos com SIC ≥ 4 tenham maior risco de desenvolver quadros mais graves. Parece que a tromboprofilaxia, nesse cenário, tem impacto positivo na taxa de mortalidade.

Abordagem Terapêutica

Anticoagulação terapêutica:

  • Não há dados na literatura que associem o uso de anticoagulantes ou antiplaquetários à ocorrência ou gravidade da Covid-19. Sendo assim, não é recomendada a suspensão de rotina de tais medicamentos se o paciente já estiver em tratamento (ex.: fibrilação atrial) e tiver confirmação da infecção, mesmo que na sua forma grave. A suspensão só deve ser considerada se o risco hemorrágico superar o risco trombótico (ex.: trombocitopenia < 50.000/mm³);
  • Também não há evidência científica, até agora, de que anticoagulação terapêutica tenha impacto na evolução e no prognóstico dos pacientes graves com Covid-19.

Anticoagulação profilática:

  • A recomendação americana é que seja oferecida para todos os pacientes hospitalizados, apesar das alterações laboratoriais (ex.: alargamento de TAP e PTT), desde que não haja contraindicação (sangramento ativo, plaquetometria < 25.000/mm³ e/ou fibrinogênio < 0,5 g/L);
  • Em caso de contraindicação à profilaxia farmacológica, recomenda-se o uso de métodos mecânicos.

Correção da coagulopatia:

  • Transfusão de hemocomponentes não deve ser indicada apenas baseando-se nos resultados dos exames laboratoriais. Conduta expectante pode ser considerada em pacientes sem sangramento ativo e sem necessidade de procedimentos invasivos, visto que a correção da plaquetometria e do coagulograma não parece ter impacto na evolução deles;
  • Por outro lado, se houver sangramento, deve-se considerar transfusão de plaquetas (se plaquetometria < 50.000/mm³), plasma fresco (se INR > 1,8) e/ou crioprecipitado (se fibrinogênio < 1,5 g/L);
  • O uso de agentes antifibrinolíticos, como ácido tranexâmico, não é recomendado, uma vez que sua eficácia nesse contexto ainda é desconhecida.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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