Whitebook: como identificar sangramentos por anticoagulantes orais?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, vamos falar sobre a identificação de sangramentos por anticoagulantes.

Esta semana, falamos no Portal PEBMED sobre como manejar sangramentos causados por anticoagulantes orais. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos falar sobre a apresentação clínica e o diagnóstico desse tipo de sangramento.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é parte de uma conduta do Whitebook e é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

medicamentos variados que causam sangramentos por anticoagulantes

Apresentação Clínica

Anamnese

Quadro clínico: A anamnese deve explorar:

    • Características do sangramento;
    • Grau de anticoagulação;
    • Medicações em uso;
    • Fatores que desencadearam o sangramento;
    • Comorbidades.

Para a construção da história clínica, é importante perguntar:

    • Onde se encontra o sangramento;
    • Quão grave é o sangramento;
    • Se o paciente está sangrando no momento;
    • Qual é o anticoagulante usado e quando foi a ultima dose;
    • Se houve overdose (intencional ou não);
    • Sobre comorbidades que podem afetar a coagulação e outros medicamentos antiagregantes;
    • Anticoagulantes em uso.

A clínica é extremamente variável e pode abranger tanto um simples sangramento superficial quanto quadros neurológicos graves e choque hipovolêmico.

A história de intervenção recente sem a devida suspensão prévia do anticoagulante pode facilitar o diagnóstico em determinados casos.

Abordagem diagnóstica

O diagnóstico do local sangramento é muito variável.

Quando está explicito, o paciente, em geral, procura o médico já com a queixa de sangramento; porém pacientes graves, sedados ou incapazes de se comunicar podem apresentar sintomas de choque hipovolêmico ou mesmo queda da hemoglobina e hematócrito.

Nesse contexto, os seguintes exames podem auxiliar no diagnóstico de algum sangramento oculto:

    • Tomografia computadorizada;
    • Ressonância magnética;
    • Endoscopia.

Testes de coagulação: Os anticoagulantes diretos não costumam afetar os testes de coagulação; portanto, testes normais não excluem a necessidade de intervenção.

Em algumas situações, os testes podem ser úteis em refletir anticoagulação residual, porém não devem guiar a terapia.

Nível de hemoglobina e hematócrito: O nível de hemoglobina pode se alterar em grandes sangramentos e levar a transfusão sanguínea.

A hemoglobina somente não pode guiar o manejo do sangramento, tendo em vista que há redistribuição do volume corporal e um atraso na queda da hemoglobina em relação ao sangramento.

Contagem de plaquetas: A intenção desse exame é avaliar se há alguma participação da queda das plaquetas no sangramento, além de guiar a indicação de transfusão.

Função renal e hepática: Pacientes que desenvolvem insuficiência renal ou hepática podem ter a excreção dessas drogas lentificada, prolongando o tempo de ação e, consequentemente, aumentando o risco de sangramento.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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