Essa semana no Portal da PEBMED, publicamos um artigo sobre diretrizes atualizadas para prevenção da enxaqueca na infância. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos mais informações sobre enxaqueca na criança e adolescente.
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Abordagem Diagnóstica
O diagnóstico é clínico, exames complementares podem ser úteis na investigação das causas de cefaleias secundárias e devem ser solicitados conforme a suspeita clínica.
Exames de imagem:
A indicação de neuroimagem está justificada quando o exame neurológico é anormal ou quando há características neurológicas incomuns durante o quadro como:
- Cefaleias em menores de 6 anos;
- Cefaleias que melhoram em posição ortostática;
- Cefaleias que despertam do sono;
- Cefaleias que apenas ocorrem com tosse ou ao se agachar;
- Cefaleia migranosa com história familiar absolutamente negativa;
- Nesses casos a ressonância magnética é o exame de escolha.
Diagnóstico diferencial
- Cefaleia tensional: dor episódica ou crônica, não progressiva, de leve a moderada intensidade, podendo durar de 30 minutos a sete dias. É bilateral, não latejante e pode se associar à fonofobia. Náuseas e vômitos excluem esse diagnóstico e o exercício físico não piora a sua intensidade;
- Infecções: geralmente, provocam dor na sua fase clínica aguda. Ex.: meningoencefalites, sinusite, otite, faringite;
- Distúrbios oculares: ao contrário da crença popular, é uma causa incomum de cefaleia. Astigmatismo pode estar associado à sensação de desconforto. Distúrbios de acomodação podem causar cefaleia após esforço visual. Glaucoma pode gerar cefaleia aguda, localizada e de grande intensidade quando descompensado;
- Outras causas: HAS, LES, vasculites, hipoglicemia, tumor cerebral, TCE.