Whitebook – Síndrome febril

Esta semana em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos abordar a síndrome febril.

Na conduta pediátrica, uma das condições muito comum de serem buscadas por médicos é a síndrome febril. Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos abordar o assunto.

A febre consiste no aumento da temperatura do corpo (no nosso meio, é usualmente medida na região axilar), que ocorre como parte de uma resposta biológica mediada pelo sistema nervoso central. A temperatura é considerada febre a partir de 37,8°C. A Sociedade Brasileira de Pediatria considera febre a temperatura axilar acima de 37,3°C.

Mas o que acontece no corpo durante a febre? Em resumo, o aumento da temperatura corporal é controlado pelo hipotálamo que, após estímulo de pirógenos e prostaglandinas, eleva o seu nível de termorregulação, desencadeando a ativação do centro promotor de calor.

Confira, na íntegra, algumas dicas de conduta para a síndrome febril em crianças:

 

medico segurando um bebe nas mãos

Exame físico

Na hora do exame física, é importante lembrar que a febre altera os sinais vitais, como frequência respiratória e frequência cardíaca. Além disso, pode causar prostração intensa, mal-estar, cefaleia, anorexia, mialgia, fadiga e artralgia. Nos casos em que o paciente está febril, o ideal é reexaminar após a temperatura estar próxima da basal (oferecer antitérmico e líquidos, além de reavaliar a criança após uma hora no colo dos pais).

Também é importante examinar à procura de alterações que sugiram algum diagnóstico a ser tratado. Um ponto de atenção é nunca se esquecer de fazer o exame físico completo, retirando toda a vestimenta do paciente (isso vale mais quanto menor for a criança).

Temperatura normal e febre: temperatura axilar (Tax) > 37,8ºC = febre, sendo 37,8ºC-38,5ºC = febre baixa; 38,5ºC-39,5ºC = febre moderada; 39,5ºC-40,5ºC = febre alta; e > 40,5ºC = febre muito alta.

Atendimento de urgência da criança com febre:

  • Caso benigno: criança sorri, brinca, choro forte, está ativa, febre baixa e por menos de 3 dias;
  • Caso moderado: criança choraminga, sonolenta, irritabilidade constante. Febre que já dura mais de 3 dias completos;
  • Caso grave: criança com choro fraco/inconsolável, letargia, sinais de má perfusão, toxemia, gemência. Convulsão após mais de 24 horas de febre.

Aferição de Tax:

  • Pode ser feita em qualquer idade;
  • Resultado pode ser afetado por banhos ou compressas prévios;
  • Axila deve estar seca;
  • O procedimento é elevar o braço, colocar o termômetro na axila e baixá-lo, mantendo-o contra o tórax;
  • Termômetro de vidro/mercúrio: manter por 5-7 minutos;
  • Termômetro eletrônico: manter por 40-80 segundos.

Para saber mais, acesse o Whitebook Clinical Decision para aprimorar a sua prática médica!

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamentos científicos de Pediatria Ambulatorial e Infectologia. Manejo da Febre aguda. Rio de Janeiro: SBP, outubro de 2021.
  • Ward MA. Fever: Pathogenesis and treatment. In: Cherry JD, et al., eds. Feigin and Cherry's Textbook of Pediatric Infectious Diseases. 7th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2014.
  • National Institute for Health and Care Excellence - NICE guideline. Fever in under 5s: assessment and initial management (CG 143) [Internet]. (Accessed on December 12, 2021).
  • El Radhi AS. Why is the evidence not affecting the practice of fever management? Arch Dis Child. 2008; 93:918.
  • Section on Clinical Pharmacology and Therapeutics, Committee on Drugs; Sullivan JE, Farrar HC. Fever and antipyretic use in children. Pediatrics. 2011; 127:580.
  • Chiappini E, Venturini E, Remaschi G, et al. 2016 Update of the Italian Pediatric Society Guidelines for Management of Fever in Children. J Pediatr. 2017; 180:177.
  • Nabulsi M. Is combining or alternating antipyretic therapy more beneficial than monotherapy for febrile children? BMJ. 2009; 339:b3540.
  • Purssell E. Systematic review of studies comparing combined treatment with paracetamol and ibuprofen, with either drug alone. Arch Dis Child. 2011; 96:1 175.
  • Duncan BB, Schmidt MI, Giuliani ERJ. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3a ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
  • Gusso G, Lopes JMC. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Porto Alegre: Artmed, 2012.
  • Allen CH. Fever without a source in children 3-36 months of age: evaluation and managemen. [Internet]. UptoDate. Waltham, MA: UptoDate Inc. (Accessed on December 12, 2021).
  • Weiss SL, Pomerantz WJ. Septic shocjk in children: rapid recognition and initial resuscitation (first hour). [Internet]. UptoDate. Waltham, MA: UptoDate Inc.(Accessed on December 12, 2021).
  • Smitherman HF, Macias CG. Febrile infant (younger than 90 days of age): Management [Internet]. Edwards MS, Teach SJ, Wiley II JF, ed. UptoDate. Waltham, MA: UptoDate Inc.(Accessed on December 12, 2021).
  • Smitherman HF, Macias CG. Febrile infant (younger than 90 days of age): Outopatient evaluation. [Internet]. UptoDate. Waltham, MA: UptoDate Inc. (Accessed on December 12, 2021).

Especialidades