Segundo estudo realizado em Taiwan, pacientes que desenvolveram gripe e não foram previamente vacinados apresentaram risco 18% maior de desenvolver fibrilação atrial, enquanto os vacinados que não contraíram gripe apresentaram risco 12% menor. Pacientes que desenvolveram a doença a despeito da vacinação apresentaram risco semelhante àqueles sem gripe e sem vacinação.
O estudo, com quase 60 mil taiwaneses, apresentou resultados muitos consistentes e animadores (como segue na tabela abaixo).
Risco de Fibrilação Atrial
Grupo | RR | 95% Intervalo de confiança | P |
Contraíram gripe sem vacinação (n=1369) | 1.182 | 1.014–1.378 | 0.032 |
Vacinados que não contraíram gripe (n=16,452) | 0.881 | 0.836–0.928 | <0.001 |
Vacinados que contraíram gripe (n=696) | 1.136 | 0.929–1.389 | 0.214 |
A vacinação contra a gripe parece ser uma via de prevenção barata e eficaz para diminuição do risco de fibrilação atrial, e, portanto, pacientes de risco aumentado (doença orovalvar, sobrecarga atrial e insuficiência cardíaca) ou aqueles com fibrilação atrial paroxística, mantida esta evidência, devem ser em breve incluídos nas recomendações de vacinação anual contra o influenza.
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Referências Bibliográficas:
- Chan TY, Chao TF, Liu CJ, et al. The association between influenza infection, vaccination and atrial fibrillation: A nationwide case-control study.Heart Rhythm 2016: DOI:10.1016/j.hrthhm.2016.01.026.