3 métodos eficazes para interromper o tabagismo

O tabagismo afeta milhões de pessoas pelo mundo, direta e indiretamente, somente no Brasil estimam-se que 10,8% da população seja fumante. Este vício contribui para elevação significativa dos custos no sistema de saúde, sendo responsável por internações e complicações de doenças cardiovasculares, além de ser fator causal relacionado a metade das mortes relacionadas a 12 …

250-BANNER6O tabagismo afeta milhões de pessoas pelo mundo, direta e indiretamente, somente no Brasil estimam-se que 10,8% da população seja fumante. Este vício contribui para elevação significativa dos custos no sistema de saúde, sendo responsável por internações e complicações de doenças cardiovasculares, além de ser fator causal relacionado a metade das mortes relacionadas a 12 tipos diferentes de neoplasia.

A luta contra o tabagismo é extremamente complexa visto o nível de dependência desencadeado pela droga que é “legal”. Apesar de cada vez menos socialmente aceita, basta ver restrição as campanhas publicitárias, impedimento do ato de fumar em diversos locais, e das nova filosofia moderna onde trata-se o tabagismo como uma mal e não mais como um símbolo de status, o número de tabagistas que desejam interromper o vício e não consegue ainda é grande.

Um estudo publicado no JAMA (The Journal of the American Medical Association), no final de janeiro, comparou técnicas para interromper o tabagismo utilizando vareniciclina e nicotina. O estudo buscou comparar o uso do adesivo de nicotina (monoterapia) vs associação de terapias para reposição de nicotina vs vareniciclina por 26 semanas.

Foram randomizados 1086 tabagistas, idade média de 48 anos, consumo diário médio de 17 cigarros, fumantes em média há 29 anos. Os pacientes foram divididos em 3 grupos por 12 semanas de intervenção:

  • Vaaneciclina, dose inicial de 0,5 mg/dia e aumento progressivo até 1 mg em 2x/dia;
  • Adesivo de nicotina de 21 mg, em adesivos de 7 mg por 8 semanas;
  • Adesivos de nicotina como descrito acima, somado a 2 a 4 mg de pastilhas de nicotina diária.

Todas as doses foram ajustadas de acordo com o histórico do pacientes e efeitos colaterais.

Aproximadamente 16% dos pacientes desistiram do estudo após o seu início, a taxa de interrupção do tabagismo (relatório do paciente e análise de monóxido de carbono exalado) apontou resultado similar para os 3 tipos de intervenção: 35% na semana 4, 30% na semana 12, 25% na semana 26 e 20% na semana 52. Não havendo superioridade entre o método escolhido.

A frequência de efeitos colaterais também foi similar intergrupos. Sendo mais comum para a vareniciclina a insônia, sonolência e náuseas, enquanto para nicotina foram coceira e rash.

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Esse estudo levanta o questionamento sobre a real superioridade da vareneciclina e das terapias combinadas de nicotinas, sobre o uso simples do adesivo de nicotina em monoterapia. Todas as abordagem farmacológicas apresentam bons resultados quando associadas a uma estrutura adequada de apoio psicossocial e acompanhamento, além e acima de tudo a vontade do paciente em querer interromper o tabagismo.

Referências:

Timothy B. Baker et al. Effects of Nicotine Patch vs Varenicline vs Combination Nicotine Replacement Therapy on Smoking Cessation at 26 Weeks – A Randomized Clinical Trial – JAMA. 2016;315(4):371-379. doi:10.1001/jama.2015.19284.

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