A hérnia umbilical é um defeito de fechamento das estruturas fibromusculares da aponeurose do anel umbilical que permite a protrusão de órgãos intra-abdominais.
Ouça a explicação, neste episódio do podcast do Whitebook, com a Dra. Vanessa Nascimento, editora-médica do Whitebook, sobre as abordagens terapêuticas das hérnias umbilicais na infância.
Fisiopatologia
O anel umbilical permite a passagem dos vasos umbilicais durante o período da gestação. Após o nascimento, a abertura se fecha espontaneamente por meio do crescimento dos músculos retos abdominais e da formação de um tecido fibroso no local do umbigo.
Em algumas crianças, esse processo falha, gerando as hérnias umbilicais persistentes. Outros casos podem ser adquiridos devido ao aumento da pressão intra-abdominal, como em pacientes com ascite ou obesidade.
Epidemiologia
- Não há predisposição de gênero;
- Mais comum em negros;
- Mais comum em prematuros (até 84% em < 1.000 g);
- A maioria fecha espontaneamente até os 8 anos de idade.
Fatores Predisponentes
- Aumento da pressão intra-abdominal (ascite, tumores);
- Predisposição familiar;
- Trissomias 13, 18 e 21 (síndrome de Down);
- Síndrome de Beckwith-Wiedemann, síndrome de Marfan;
- Mucopolissacaridoses;
- Mielomeningocele (hipotonicidade da parede abdominal);
- Hipotireoidismo (hipotonia generalizada);
- Infecção neonatal do umbigo;
- Desnutridos, prematuros (distensão abdominal, hipotonia muscular).
Saiba mais sobre esta condição ouvindo episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!