Gengivoestomatite herpética: conheça a abordagem no Whitebook!

As úlceras aftosas também são um diagnóstico diferencial, mas não ocorrem em região perioral como na gengivoestomatite.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

A gengivoestomatite herpética é caracterizada por enantema ulcerativo na gengiva e mucosa oral, de caráter friável, com lesões vesiculares periorais e ulcerações superficiais dolorosas, dificultando a alimentação. Febre, irritabilidade e anorexia podem preceder o quadro.

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É mais comum em crianças entre 6 meses e 5 anos de idade, tem como agente etiológico o vírus herpes simples tipo 1 e resulta do contato direto com secreções ou lesões orais infectadas por indivíduos sintomáticos ou assintomáticos.

O tratamento consiste em medidas de suporte como sintomáticos e hidratação e indica-se o aciclovir em crianças imunocompetentes até 96 horas do quadro em caso de ingesta hídrica limitada ou dor intensa e nas imunocomprometidas independentemente do período de sintomas.

Ademais, deve ser diferenciada da herpangina. Nessa condição, as lesões se localizam principalmente na faringe posterior e não costumam sangrar. As úlceras aftosas também são um diagnóstico diferencial, mas não ocorrem em região perioral como na gengivoestomatite.

gengivoestomatite

Diagnóstico diferencial da gengivoestomatite herpética

Abordagem Terapêutica

  • Para todos imunocomprometidos (independentemente do tempo de quadro);
  • Para imunocompetentes com < 96 horas do início do quadro:
    • Grande dificuldade para ingerir líquidos → EV/VO;
    • Muita dor → EV/VO;
    • Crianças com quadro leve a moderado que frequentam creche → VO.

Indicações para internação hospitalar: 

  • Para hidratação venosa: pacientes com gengivoestomatite que não conseguem se manter hidratados;
  • Necessidade de monitorização e Aciclovir endovenoso: Eczema herpético, encefalite, epiglotite ou pneumonia por HSV;
  • Se houver necessidade de garantir adesão ao tratamento antiviral: Ceratite herpética e imunocomprometido.

Na gengivoestomatite herpética em crianças, usar creme de barreira como vaselina para prevenir aderências labiais.

Profilaxia

Evitar compartilhar escovas de dentes, batom, talheres, copos ou pratos sem lavar.

Atentar para lavagem das mãos após ter contato com lesões herpéticas.

Creches devem reforçar a higiene de brinquedos compartilhados.

Os tatames usados em creches e academias deve ser desinfectado pelo menos 1x/dia.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Keels MA, Clements A. Herpetic gingivostomatitis in young children. Uptodate, 2022.
  • Sociedade Brasileira de Pediatria.Tratado de pediatria. 5. ed.Barueri [SP] : Manole, 2022.
  • Romero JR. Hand, foot, and mouth disease and herpangina. Uptodate, 2022.

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