Em Nota Técnica publicada no último dia 6 de março, o Ministério da Saúde recomendou que estados e municípios realizando a campanha de vacinação contra dengue ampliem o público-alvo para crianças de 10 a 14 anos.
Embora a vacina usada na campanha, Qdenga, esteja autorizada para uso em crianças a partir de quatro anos, adolescentes e adultos com até 60 anos de idade, devido a limitações na capacidade de produção e entrega da fabricante, o Ministério da Saúde havia recomendado que a imunização ficasse restrita a pessoas de 10 a 11 anos.
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De acordo com a pasta ministerial, já foram investidos R$ 44 milhões dos 1,5 bilhão reservados para o campanha contra a arbovirose. Todo o estoque de vacina da fabricante em 2024 foi adquirido, com previsão de entrega de 5,2 milhões de doses até novembro. A compra do imunizante disponível para 2025 também já foi efetuada, mais 9 milhões de doses para o ano que vem.
Como as doses disponíveis ainda são insuficientes para cobertura nacional mais completa, o foco do governo tem se voltado também para medidas preventivas. Gestores municipais e estaduais que desejarem auxílio financeiro para realização de ações de prevenção, controle e contenção de riscos e danos relacionados a dengue, deverão enviar ofício para o governo federal com a declaração de emergência em saúde e apresentar planos de ação de acordo com a situação epidemiológica.
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Até dia 8 de março deste ano, já foram contabilizados 1.342.086 casos prováveis de dengue, com 363 óbitos confirmados e 763 ainda sob investigação, o coeficiente de incidência no país é de 661 casos por 100.000 habitantes, com a maioria dos casos ocorrendo em mulheres (55,5%) e entre pessoas de 30 a 39 anos. Com mais de 30.000 casos cada, São Paulo e Minas Gerais são os estados mais afetados, seguidos por Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Distrito Federal.