No último dia 23 foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto Juvenil. Essa data, instituída pela Lei nº 11.650, de 04 de abril de 2008. objetiva ampliar as discussões sobre a temática, com base na estimulação de ações educativas e preventivas conduzidas por profissionais de saúde, promoção de eventos e debates, políticas públicas de atenção integral à criança com câncer, divulgação de avanços e pesquisas científicas e apoio às crianças com câncer e suas famílias.
O cenário do câncer infanto juvenil no Brasil tem apresentado grandes avanços. Atualmente, cerca de 80% dos casos têm a possibilidade de cura, desde que recebam um diagnóstico precoce e sejam acompanhados e tratados em centros oncológicos especializados.
A importância das ações para o diagnóstico precoce do câncer infanto juvenil
Na perspectiva do diagnóstico precoce do câncer infanto juvenil, precisamos entender qual é a importância e as ações que devem ser desenvolvidas por cada membro da equipe de enfermagem que atua no âmbito da atenção básica.
Os profissionais de nível auxiliar e técnico de enfermagem devem desenvolver atividades que objetivem identificar casos suspeitos, em conjunto com o enfermeiro e os agentes comunitários de saúde.
O enfermeiro, além de assistir integralmente a criança e sua família, deve planejar, gerenciar, coordenar e avaliar atividades realizadas pelos agentes comunitários de saúde e equipe de enfermagem. O enfermeiro também é responsável pela educação permanente da equipe de enfermagem e agentes comunitários de saúde, sendo esses momentos, grandes oportunidades para conversar e orientar sobre o papel de cada um, no que tange ao diagnóstico precoce de doenças oncológicas em crianças e adolescentes.
Atenção às queixas
O enfermeiro, não somente os que atuam em unidades básicas, mas quem assiste crianças e adolescentes, deve ficar atento às queixas de febre persistente sem etiologia aparente, sangramento anormal, aumento de gânglios com tamanho maior que 3 cm, sudorese noturna, perda de peso, alterações em duas ou três séries dos componentes sanguíneos, alterações de marcha ou quedas frequentes em uma criança que andava normalmente, dor óssea, aumento do perímetro abdominal com dor e/ou com massa palpável, alterações no perímetro cefálico, associado a choro persistente e estrabismo, dentre outros.
Toda suspeita clínica, deve ser discutida junto com a equipe multiprofissional, investigada e conduzida da melhor forma, com exames laboratoriais, de imagem e encaminhamentos para centros de referência. Essas medidas são responsáveis por melhores prognósticos e pelo aumento das chances de cura e melhor qualidade de vida de crianças e adolescentes.