Paciente do sexo masculino, 56 anos, portador de hiperplásica prostática benigna, sem outras comorbidades. Refere diminuição do volume urinário há algumas semanas, que se intensificou há 10 dias, associado a “poeira branca” na face, que aparece após realizar atividades físicas que o fazem transpirar. Qual pode ser o diagnóstico desse paciente?
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1. Pergunta
Paciente do sexo masculino, 56 anos, portador de hiperplásica prostática benigna, sem outras comorbidades. Há 5 anos sem acompanhamento médico, após se mudar do estado onde morava. Refere diminuição do volume urinário há algumas semanas, que se intensificou há 10 dias, associado a “poeira branca” na face, que aparece após realizar atividades físicas que o fazem transpirar. No interrogatório de sistemas, também relata aumento de volume abdominal em hipogástrio e episódios de soluços incoercíveis nos últimos dias. Ao exame físico, apresentava flapping e massa abdominal, que à ultrassonografia demonstrou ser um bexigoma.
Qual o achado encontrado no exame físico?
Correto
A neve urêmica é a cristalização da ureia na pele após a evaporação do suor, sendo um achado raro, presente em quadros de azotemia grave (geralmente valores de ureia próximos de 200 mg/dL), presentes em pacientes com severo grau de injúria renal.
Possui predileção em ocorrer na área da face, além da região do couro cabeludo, pescoço, tórax e antebraços.
Possíveis explicações da ocorrência desse fenômeno são a passagem da ureia no sangue para a secreção das glândulas sudoríparas, ou até mesmo por dano na rede microvascular dessas glândulas, ficando mais permeáveis.
A observação da neve urêmica é importante para levantar a suspeita clínica de lesão renal aguda (LRA), seguida de condutas de urgência, mesmo antes do resultado de exames laboratoriais (ex: eletrocardiograma para avaliar evidência de hipercalemia grave).
O paciente em questão apresentava hiperplasia prostática benigna (HPB), com perda de seguimento médico. Com a evolução da doença, apresentou piora do quadro, com obstrução uretral, LRA, oligúria, surgimento da neve urêmica, além de outros sintomas de uremia como náuseas, vômitos, e soluços.
O flapping é uma mioclonia negativa, que pode estar presente em situações de encefalopatia tóxico-metabólica, como encefalopatia hepática, carbonarcose, uremia, entre outras causas. Ele representa a incapacidade de coordenar o tônus da musculatura agonista e antagonista, responsável por manter uma posição tônica das mãos em dorsiflexão. Isso gera episódios recorrentes de “quedas” das mãos, seguidas de recuperação da posição original.
Os exames laboratoriais evidenciaram dosagem de Ureia = 330 mg/dL e Creatinina = 8 mg/dL, o que juntamente com o contexto clínico, caracteriza um quadro de injúria renal pós-renal com síndrome urêmica.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências bibliográficas:
- Martins JM, Magriço R. Uremic Frost in End-Stage Renal Disease. N Engl J Med. 2018 Aug 16;379(7):669.
- Saardi KM, Schwartz RA. Uremic frost: a harbinger of impending renal failure. Int J Dermatol. 2016 Jan;55(1):17-20.
- Lupi Omar et al. Manifestações cutâneas na doença renal terminal. An. Bras. Dermatol. 2011 Apr; 86 (2): 319-326.
Incorreto
A neve urêmica é a cristalização da ureia na pele após a evaporação do suor, sendo um achado raro, presente em quadros de azotemia grave (geralmente valores de ureia próximos de 200 mg/dL), presentes em pacientes com severo grau de injúria renal.
Possui predileção em ocorrer na área da face, além da região do couro cabeludo, pescoço, tórax e antebraços.
Possíveis explicações da ocorrência desse fenômeno são a passagem da ureia no sangue para a secreção das glândulas sudoríparas, ou até mesmo por dano na rede microvascular dessas glândulas, ficando mais permeáveis.
A observação da neve urêmica é importante para levantar a suspeita clínica de lesão renal aguda (LRA), seguida de condutas de urgência, mesmo antes do resultado de exames laboratoriais (ex: eletrocardiograma para avaliar evidência de hipercalemia grave).
O paciente em questão apresentava hiperplasia prostática benigna (HPB), com perda de seguimento médico. Com a evolução da doença, apresentou piora do quadro, com obstrução uretral, LRA, oligúria, surgimento da neve urêmica, além de outros sintomas de uremia como náuseas, vômitos, e soluços.
O flapping é uma mioclonia negativa, que pode estar presente em situações de encefalopatia tóxico-metabólica, como encefalopatia hepática, carbonarcose, uremia, entre outras causas. Ele representa a incapacidade de coordenar o tônus da musculatura agonista e antagonista, responsável por manter uma posição tônica das mãos em dorsiflexão. Isso gera episódios recorrentes de “quedas” das mãos, seguidas de recuperação da posição original.
Os exames laboratoriais evidenciaram dosagem de Ureia = 330 mg/dL e Creatinina = 8 mg/dL, o que juntamente com o contexto clínico, caracteriza um quadro de injúria renal pós-renal com síndrome urêmica.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências bibliográficas:
- Martins JM, Magriço R. Uremic Frost in End-Stage Renal Disease. N Engl J Med. 2018 Aug 16;379(7):669.
- Saardi KM, Schwartz RA. Uremic frost: a harbinger of impending renal failure. Int J Dermatol. 2016 Jan;55(1):17-20.
- Lupi Omar et al. Manifestações cutâneas na doença renal terminal. An. Bras. Dermatol. 2011 Apr; 86 (2): 319-326.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED