NSM, sexo feminino, quatro anos de idade, matriculada na creche, comparece a consulta pediátrica “de encaixe” acompanhada de sua genitora.
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
NSM, sexo feminino, quatro anos de idade, matriculada na creche, comparece a consulta pediátrica “de encaixe” acompanhada de sua genitora. Durante o atendimento, a mãe relata que a filha vem apresentando, há cerca de cinco dias, alguns sintomas gastrointestinais, associado a irritabilidade extrema, hiporexia, dificuldade para dormir e intenso prurido na região perianal (principalmente à noite).
Diante do quadro clínico-epidemiológico, a pediatra solicitou um exame parasitológico de fezes. O microscopista do Laboratório Clínico visualizou a seguinte estrutura:
Qual é o diagnóstico?
Correto
Incorreto
Pergunta 2 de 2
2. Pergunta
Qual o melhor e mais tradicional método para a confirmação diagnóstica desta parasitose?
Correto
Considerações
A enterobiose, enterobíase ou também chamada de oxiurose ou oxiuríase, é uma doença de ampla distribuição geográfica, com predileção a regiões de clima temperado, acometendo mais a faixa etária pediátrica.
É uma parasitose causada pelo Enterobius vermiculares, um helminto filiforme de cor branca, que possui 2 asas cefálicas características na região anterior lateral à boca. As fêmeas são maiores, medindo cerca de 10mm de comprimento, enquanto que os machos apresentam um tamanho médio de 5mm.
Já os ovos, como os da foto – que são larvados a partir do momento que são liberados pela fêmea – apresentam um formato de um “D” (um dos lados achatado, com o outro convexo).
Ciclo evolutivo
Os vermes adultos do E.vermicularis vivem no ceco, apêndice, cólon e região anal. Ao copular, os machos saem pelas fezes e morrem, enquanto que as fêmeas migram para a região perianal, onde rompem-se e liberam os ovos, os quais permanecem na região (fato que ocorre principalmente à noite).
Em poucas horas, os ovos eliminados (já embrionados) tornam-se infectantes e, ao serem ingeridos pelo homem, rompem-se no intestino delgado. Depois de cerca de um a dois meses, após passarem por algumas transformações no trajeto intestinal, se alojam no intestino delgado, dando sequência ao seu ciclo evolutivo natural.
Quadro clínico
A infecção parasitária pode cursar com quadros assintomáticos, passando por sintomas gastrointestinais inespecíficos, até a queixas de pruridos anais intolerantes. Nas mulheres, quando os vermes ascendem pelo canal vaginal, pode levar a quadros importantes de vulvovaginites e salpingites.
Diagnóstico
Apesar dos ovos do E. vermiculares poderem ser encontrados nos métodos parasitológicos de rotina, como os de flutuação (ex.: Willis) e sedimentação (ex.: Hoffman), o melhor método para a sua visualização é o de Graham (e suas variações).
Esse método, também conhecido como “fita gomada”, é o de escolha para o diagnóstico laboratorial, já que há uma grande quantidade de ovos na região perianal.
Resumidamente, utilizando uma fita adesiva, presa em uma extremidade de uma lâmina, pressiona-se a parte adesiva contra a região anal e perianal. Em seguida, recoloca-se a fita adesiva na lâmina, encaminhando o material ao laboratório.
Já no ambiente laboratorial, é adicionado uma gota de tolueno ou xileno entre a lâmina e a fita. Após a retirada da fita, o material é então analisado sob microscopia óptica em pequeno aumento, onde, se existentes, os ovos são facilmente observados.
O período ideal para a sua colheita é de algumas horas após o paciente se deitar ou, no início da manhã, antes de defecar ou tomar banho. Deve-se coletar ao menos 4 a 6 amostras, em dias seguidos, até que o paciente seja considerado curado.
De Carli, GA. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu; 2001.
Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2019.
McPherson RA, Pincus MR. Henry’s clinical diagnosis and management by laboratory methods. 23rd ed. St. Louis, MO: Elsevier; 2017.
Incorreto
Considerações
A enterobiose, enterobíase ou também chamada de oxiurose ou oxiuríase, é uma doença de ampla distribuição geográfica, com predileção a regiões de clima temperado, acometendo mais a faixa etária pediátrica.
É uma parasitose causada pelo Enterobius vermiculares, um helminto filiforme de cor branca, que possui 2 asas cefálicas características na região anterior lateral à boca. As fêmeas são maiores, medindo cerca de 10mm de comprimento, enquanto que os machos apresentam um tamanho médio de 5mm.
Já os ovos, como os da foto – que são larvados a partir do momento que são liberados pela fêmea – apresentam um formato de um “D” (um dos lados achatado, com o outro convexo).
Ciclo evolutivo
Os vermes adultos do E.vermicularis vivem no ceco, apêndice, cólon e região anal. Ao copular, os machos saem pelas fezes e morrem, enquanto que as fêmeas migram para a região perianal, onde rompem-se e liberam os ovos, os quais permanecem na região (fato que ocorre principalmente à noite).
Em poucas horas, os ovos eliminados (já embrionados) tornam-se infectantes e, ao serem ingeridos pelo homem, rompem-se no intestino delgado. Depois de cerca de um a dois meses, após passarem por algumas transformações no trajeto intestinal, se alojam no intestino delgado, dando sequência ao seu ciclo evolutivo natural.
Quadro clínico
A infecção parasitária pode cursar com quadros assintomáticos, passando por sintomas gastrointestinais inespecíficos, até a queixas de pruridos anais intolerantes. Nas mulheres, quando os vermes ascendem pelo canal vaginal, pode levar a quadros importantes de vulvovaginites e salpingites.
Diagnóstico
Apesar dos ovos do E. vermiculares poderem ser encontrados nos métodos parasitológicos de rotina, como os de flutuação (ex.: Willis) e sedimentação (ex.: Hoffman), o melhor método para a sua visualização é o de Graham (e suas variações).
Esse método, também conhecido como “fita gomada”, é o de escolha para o diagnóstico laboratorial, já que há uma grande quantidade de ovos na região perianal.
Resumidamente, utilizando uma fita adesiva, presa em uma extremidade de uma lâmina, pressiona-se a parte adesiva contra a região anal e perianal. Em seguida, recoloca-se a fita adesiva na lâmina, encaminhando o material ao laboratório.
Já no ambiente laboratorial, é adicionado uma gota de tolueno ou xileno entre a lâmina e a fita. Após a retirada da fita, o material é então analisado sob microscopia óptica em pequeno aumento, onde, se existentes, os ovos são facilmente observados.
O período ideal para a sua colheita é de algumas horas após o paciente se deitar ou, no início da manhã, antes de defecar ou tomar banho. Deve-se coletar ao menos 4 a 6 amostras, em dias seguidos, até que o paciente seja considerado curado.
De Carli, GA. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu; 2001.
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada? Clique no banner abaixo e responda no nosso fórum.
Graduação em Medicina pela Universidade Gama Filho (UGF) • Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Universidade Federal Fluminense (UFF) • Membro titular da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) • Pós-Graduado em Medicina do Trabalho pela Faculdade Souza Marques (FTESM) • Responsável Técnico do Laboratório Morales (Grupo Tommasi) • Médico Patologista Clínico do Laboratório Central do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF) • Médico do corpo clínico do Instituto Estadual de Doenças do Tórax Ary Parreiras (IETAP).