O hipertireoidismo é definido pelo aumento da síntese e secreção de hormônios tireoidianos pela glândula tireoide, enquanto a tireotoxicose refere-se à síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundários ou não ao hipertireoidismo.
Neste episódio do podcast do Whitebook, Bernardo Campos, especialista em endocrinologia, fala sobre o hipertireoidismo.
Manifestações clínicas da tireotoxicose:
- Emagrecimento apesar do aumento do apetite;
- Intolerância ao calor;
- Fâneros: Pele quente e úmida, hiperpigmentação, prurido e urticária, unhas quebradiças e onicólise, queda de cabelos;
- Sinais oculares: Retração palpebral, olhar fixo, sinal de lid lag (independentes da causa da tireotoxicose), diplopia, dor ocular, hiperemia conjuntival e palpebral, edema palpebral, quemose, paralisia de músculos extraoculares ou exoftalmia (característicos da doença de Graves);
- Cardiovascular: Taquicardia sinusal, hipertensão sistólica, insuficiência cardíaca de alto débito, fibrilação atrial e, raramente, colapso cardiovascular e morte;
- Respiratório: Dispneia, compressão traqueal por bócio volumoso;
- Gastrointestinal: Hiperdefecação, náuseas, disfagia devido ao bócio;
- Hematológico: Anemia normocítica-normocrômica;
- Geniturinário: Poliúria, noctúria e enurese, oligomenorreia ou amenorreia, infertilidade, ginecomastia, redução da libido, disfunção erétil;
- Musculoesquelético: Fadiga, miopatia, osteoporose e aumento do risco de fraturas;
- Sistema nervoso central: Nervosismo, inquietação, ansiedade, depressão, insônia.
Em pacientes idosos, predominam os sintomas cardiopulmonares, como taquicardia (ou fibrilação atrial), dispneia e edema. A expresão tireotoxicose apática se aplica a pacientes idosos que não apresentam sintomas, à exceção de fraqueza e astenia.
Saiba mais sobre os sintomas e o tratamento adequado do hipertireoidismo no episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!
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