AAS diminui risco de câncer

  Pesquisa recente demonstrou benefício do uso crônico de ácido acetilsalicílico (AAS) em baixa dose na redução do risco global de câncer, e especialmente para o câncer colorretal. Publicada recentemente no Journal of American Medical Association: Oncology (JAMA Oncology), o estudo de coorte com mais de 30 anos de follow-up demonstrou que, comparado a usuários irregulares …

 

250-BANNER2Pesquisa recente demonstrou benefício do uso crônico de ácido acetilsalicílico (AAS) em baixa dose na redução do risco global de câncer, e especialmente para o câncer colorretal.

Publicada recentemente no Journal of American Medical Association: Oncology (JAMA Oncology), o estudo de coorte com mais de 30 anos de follow-up demonstrou que, comparado a usuários irregulares de AAS (menos que 2 vezes por semana) ou não usuários, o uso regular reduziu em 3% o risco global de câncer, com redução maior observada nos cânceres gastrintestinais (15%), especialmente o câncer colorretal (19%).

Outros estudos recém divulgados já haviam demonstrado os benefícios do AAS na oncologia, como o potencial benefício da droga em dobrar a sobrevida em 5 anos em pacientes com câncer gastrintestinal, em estudo apresentado no congresso europeu de câncer do ano passado.

As evidências do benefício na prevenção do câncer colorretal parecem suficientes para superar seus riscos (especialmente o aumento nos sangramentos gastrintestinais e acidentes vasculares hemorrágicos). Tanto que o US Preventive Services Task Force (USPSTF) já recomenda o uso prolongado de AAS (por mais de 10 anos) para a prevenção de doença cardiovascular e câncer colorretal em pacientes adultos de 50 a 69 anos com risco cardiovascular aumentado.

Outra entidade, a American Cancer Society não se posicionou ainda sobre o uso do AAS para redução do câncer colorretal, embora reconheça que tal estratégia demonstram benefícios e relute que seus riscos devam ser melhor avaliados.

Os efeitos do AAS na prevenção de câncer gastrintestinal demonstrou ainda um efeito dose-resposta, observado a partir de 6 anos de tratamento regular. O medicamento não demonstrou benefício na prevenção do câncer de mama, próstata ou pulmão.

Vale destacar que, independente dos resultados animadores destes estudos, a melhor estratégia de prevenção continua sendo o rastreio de lesões precursoras (pólipos colorretais) ou incipientes. Novos estudos devem ser realizados antes que tiremos conclusões definitivas e antes que recomendações mais amplas do uso do AAS neste contexto sejam oficializadas.

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