ACP 2023: Otimizando a mudança de comportamento na atenção primária

A capacidade dos médicos que atuam na Atenção Primária de promover mudanças comportamentais é essencial para ajudar os pacientes a adotarem os tão determinantes “hábitos de vida saudáveis” e a melhorar sua qualidade de vida. Incluindo desde mudanças na alimentação e atividade física, até o uso de substâncias, como parar de fumar ou reduzir o …

A capacidade dos médicos que atuam na Atenção Primária de promover mudanças comportamentais é essencial para ajudar os pacientes a adotarem os tão determinantes “hábitos de vida saudáveis” e a melhorar sua qualidade de vida. Incluindo desde mudanças na alimentação e atividade física, até o uso de substâncias, como parar de fumar ou reduzir o consumo de álcool, essas mudanças podem ser promovidas por diferentes métodos e o Dr Ed Tori, em sua apresentação “Optimizing Behavior Change in Primary Care: Jedi Mind Tricks” traz um deles, baseado em 7 passos, que ele garante que pode mudar a vida dos pacientes – e a dos médicos também. 

Passo 1: Gerenciar seu estado 

Suas emoções desempenham um papel tremendo na formação de seus pensamentos, seus recursos internos, sua linguagem corporal e como você lida com os outros. Avalie (e ajuste, se necessário) seu estado emocional antes de qualquer interação começar. 

Aqui ele enfatiza a importância de estar no estado emocional certo antes de entrar em uma conversa (ou consulta) importante. Isso pode ser alcançado por meio de várias atividades, como meditação, yoga ou simplesmente ouvir uma música que o ajude a relaxar. Diferentes discussões exigem diferentes estados emocionais e é crucial entrar na sala com a mentalidade certa. Ele sugere que, sempre que você tocar na maçaneta da porta, reflita brevemente sobre o estado emocional em que está e faça disso um hábito.  

Passo 2: Faça com que o paciente fique confortável 

Quando os outros estão confortáveis, você tem interações melhores e mais significativas com eles. Isso é ainda mais evidente se eles começarem em um estado de desconforto, inquietação ou até mesmo ansiedade e você for a pessoa que os deixa confortáveis. 

Esse passo é sobre a importância de criar um ambiente acolhedor e seguro para as pessoas com quem você está falando. Isso pode ser alcançado por meio de várias técnicas, como sorrir, manter contato visual e usar uma linguagem corporal aberta. Se as pessoas se sentem confortáveis, elas são mais propensas a se abrir e compartilhar informações importantes. Ele sugere que você comece a conversa com uma pergunta simples ou um comentário casual para ajudar a estabelecer um clima descontraído.  

Passo 3: Remova as objeções cedo 

Fale com aquela vozinha dentro da cabeça deles. Se você não fizer isso, corre o risco de não ser ouvido… ou pior, ser rotulado como alguém “que simplesmente não entende”. 

Neste passo, ele enfatiza a importância de identificar e abordar as preocupações ou objeções que a outra pessoa possa ter o mais cedo possível na conversa. Isso pode ser alcançado por meio de várias técnicas, como fazer perguntas abertas e ouvir atentamente as respostas. Ao remover objeções cedo, é mais fácil manter a conversa fluindo e evitar mal-entendidos no futuro. Ele sugere que você tente identificar quaisquer preocupações ou objeções que a outra pessoa possa ter e tente abordá-las de forma clara e direta. 

Passo 4: Mexa com os pacientes com o que já mexe com eles 

Se você quer influenciar as pessoas, a maneira mais fácil e rápida (e aquela que elas mais gostam) é influenciá-las com o que já as influencia. Convença-as com o que já as convence. 

Este passo traz a importância de entender o que motiva a outra pessoa e usar isso para influenciá-la. Quando já se sabe o que já move a outra pessoa, é mais fácil encontrar maneiras de se conectar com ela e persuadi-la. Ele sugere que você tente identificar os interesses, desejos e necessidades da outra pessoa e use isso para moldar sua mensagem. Por exemplo, se você sabe que a outra pessoa é apaixonada por futebol, pode usar exemplos relacionados ao futebol para ilustrar seus pontos.  

Passo 5: Torne notáveis coisas notáveis 

Mencione as boas qualidades de alguém para outra pessoa. Isso chegará até a pessoa mencionada. E todos os 3 se beneficiam. Espalhe o bem. Comente sobre o que os torna notáveis. 

A mensagem deste passo é a de aproveitar as oportunidades de reconhecer e elogiar as realizações da pessoa ou do paciente. Quando você faz um comentário positivo sobre algo que a outra pessoa fez bem, é mais fácil estabelecer uma conexão emocional com ela e construir confiança.  

Passo 6: Torne as coisas mais fáceis 

Quando você experimenta frustração em seu trabalho, pode ser reflexo de um design ruim. Se for mal projetado, afeta negativamente o seu estado (e o estado das pessoas ao seu redor)… Então, por que não procurar uma maneira melhor? Projete para eliminar a dor e projetar para incluir o incrível – torne as coisas fáceis. 

Fala sobre a importância de tentar tornar as coisas fáceis para a outra pessoa, para o paciente. Quando isso é feito, é mais fácil estabelecer uma relação de influência positiva. Tente simplificar as coisas para a outra pessoa, removendo obstáculos e fornecendo soluções simples e diretas.  

 Passo 7: Gerencie suas ações 

 Este passo é sobre gerenciar suas ações e comportamentos durante uma conversa ou consulta. Tente controlar sua linguagem corporal, tom de voz e ritmo da fala para transmitir confiança e credibilidade. Além disso, procure “estar presente” no momento e se concentrar na interação em questão, para estabelecer uma conexão mais forte com as pessoas com quem você está falando. 

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