Paciente de 27 anos, médica, vai ao dermatologista com queixa de surgimento de lesão serpiginosa e pruriginosa em pé esquerdo uma semana após retornar de viagem à praia no Nordeste do Brasil. Faz uso de desvenlafaxina para depressão unipolar. Nega outras comorbidades. Nega contato direto com fezes de cães e gatos.
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
Qual é a sua principal hipótese diagnóstica?
Correto
Resposta: b) Larva migrans
Define-se como larva migrans cutânea o conjunto de sinais e sintomas resultante da penetração de larvas de ancilostomídeos na pele humana, principalmente ancylostoma braziliense ou ancylostoma caninum, sendo estes: presença de pápula eritematosa e pruriginosa (orifício de entrada da larva) originando um túnel linear ou serpiginoso, eritematoso, discretamente elevado e intensamente pruriginoso. Os túneis representam o trajeto de migração das larvas, que, por não conseguirem penetrar em camadas mais profundas, permanecem circulando pela epiderme, avançando cerca de dois a cinco centímetros ao dia.
Trata-se de doença de distribuição global que predomina em países com climas quentes. As larvas são comumente encontradas em praias arenosas e caixas de areia. Indivíduos de maior risco incluem viajantes, crianças, nadadores e trabalhadores, cujas atividades colocam sua pele em contato com o solo contaminado. As lesões envolvem mais frequentemente as extremidades inferiores (73,4%), nádegas e região anogenital (12,6%), tronco (7,1%) e extremidades superiores (7,1%). Eventualmente, as lesões resolvem-se espontaneamente, em um período de duas a oito semanas, mesmo na ausência de terapia específica.
O diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico (exposição a solo ou areia contaminados, geralmente andar descalço ou se deitar na areia) e lesão serpiginosa característica. A eosinofilia é um achado raro no hemograma.
A terapia anti-helmíntica com ivermectina em dose única (200 mcg/kg por via oral) é a primeira escolha, com taxa de cura de 94-100%. Os sintomas geralmente desaparecem dentro de uma semana após o tratamento.
Um algo a mais: Dermatite de contato e impetigo são diagnósticos diferenciais de lesões de pele, porém não cursam com o a apresentação migratória característica da larva migrans cutânea. Já a estrongiloidíase é o principal diagnóstico diferencial de uma erupção cutânea com trajeto de migração das larvas, recebendo a designação de larva currens, com um componente urticariforme importante e elevada velocidade (progressão de cinco a 15 centímetros por hora).
Referências bibliográficas:
- Weller PF, Leder K. Hookworm-related cutaneous larva migrans [Internet]. Ryan ET, Baron EL, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. (Acesso em 11 de março de 2021).
- Jelinek T, Maiwald H, Nothdurft HD, Löscher T. Cutaneous larva migrans in travelers: synopsis of histories, symptoms, and treatment of 98 patients. Clin Infect Dis. 1994;19(6):1062.
Incorreto
Resposta: b) Larva migrans
Define-se como larva migrans cutânea o conjunto de sinais e sintomas resultante da penetração de larvas de ancilostomídeos na pele humana, principalmente ancylostoma braziliense ou ancylostoma caninum, sendo estes: presença de pápula eritematosa e pruriginosa (orifício de entrada da larva) originando um túnel linear ou serpiginoso, eritematoso, discretamente elevado e intensamente pruriginoso. Os túneis representam o trajeto de migração das larvas, que, por não conseguirem penetrar em camadas mais profundas, permanecem circulando pela epiderme, avançando cerca de dois a cinco centímetros ao dia.
Trata-se de doença de distribuição global que predomina em países com climas quentes. As larvas são comumente encontradas em praias arenosas e caixas de areia. Indivíduos de maior risco incluem viajantes, crianças, nadadores e trabalhadores, cujas atividades colocam sua pele em contato com o solo contaminado. As lesões envolvem mais frequentemente as extremidades inferiores (73,4%), nádegas e região anogenital (12,6%), tronco (7,1%) e extremidades superiores (7,1%). Eventualmente, as lesões resolvem-se espontaneamente, em um período de duas a oito semanas, mesmo na ausência de terapia específica.
O diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico (exposição a solo ou areia contaminados, geralmente andar descalço ou se deitar na areia) e lesão serpiginosa característica. A eosinofilia é um achado raro no hemograma.
A terapia anti-helmíntica com ivermectina em dose única (200 mcg/kg por via oral) é a primeira escolha, com taxa de cura de 94-100%. Os sintomas geralmente desaparecem dentro de uma semana após o tratamento.
Um algo a mais: Dermatite de contato e impetigo são diagnósticos diferenciais de lesões de pele, porém não cursam com o a apresentação migratória característica da larva migrans cutânea. Já a estrongiloidíase é o principal diagnóstico diferencial de uma erupção cutânea com trajeto de migração das larvas, recebendo a designação de larva currens, com um componente urticariforme importante e elevada velocidade (progressão de cinco a 15 centímetros por hora).
Referências bibliográficas:
- Weller PF, Leder K. Hookworm-related cutaneous larva migrans [Internet]. Ryan ET, Baron EL, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. (Acesso em 11 de março de 2021).
- Jelinek T, Maiwald H, Nothdurft HD, Löscher T. Cutaneous larva migrans in travelers: synopsis of histories, symptoms, and treatment of 98 patients. Clin Infect Dis. 1994;19(6):1062.