10 passos para o transporte de um paciente grave

Nesta semana na sessão:  conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, apresentamos os 10 passos para o transporte de um paciente grave. 10 passos para um transporte seguro 1. Checagem pré-transporte:Confimação que o local de destino está apto a receber e iniciar imediatamente a tarefa programada – exemplo: Tomografia, Diálise. Estabelecer contato com a equipe para informar a situação …

Nesta semana na sessão:  conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, apresentamos os 10 passos para o transporte de um paciente grave.

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

10 passos para um transporte seguro

1. Checagem pré-transporte:Confimação que o local de destino está apto a receber e iniciar imediatamente a tarefa programada – exemplo: Tomografia, Diálise. Estabelecer contato com a equipe para informar a situação clínica do doente que será transportado.

2. Equipe: Designação de, pelo menos, dois profissionais treinados, médico e/ou enfermeiro, para acompanhar o procedimento de transferência temporária ou definitiva.

3. Registro das condições iniciais do paciente: velocidade de infusão das bombas infusoras, modo e parâmetros ventilatórios, posição no leito.

4. Teste dos equipamentos mínimos:

  • Monitor cardíaco, de pressão arterial e oximetria de pulso;
  • Fonte de oxigênio com a capacidade necessária prevista para o tempo de transporte, com reserva  adicional para tempo (ex: 30 minutos, ou 3 vezes o tempo previsto de transporte); Pode-se estimar o volume de oxigênio necessário pela fórmula: [( 20 + Vmin ) x FiO2 x tempo de transporte] + 50%, sendo o tempo em minutos;
  • Equipamentos para parada cardiorrespiratória e acesso às vias aéreas – material para intubação orotraqueal (“Ambú” ou bolsa auto-inflável com reservatório de oxigênio; Extensão de borracha; Cânula de Guedel; Seringa de 20 mL; Pilhas; Laringoscópio; Lâminas de Laringoscópio nº 3 /4; Cânulas de Intubação Traqueal nº 6.5, 7.0, 7.5 e 8; Sonda de aspiração traqueal  nº 12, 14 e 16; Fixadores de cânula ou cadarços; Fio Guia para intubação; Dispositivos ventilatórios: cateter nasal de oxigênio, nebulizadores, máscara de nebulização), fármacos (Adrenalina, Lidocaína, Atropina, Bicarbonato de sódio, Adenosina, Aminofilina, Cloreto de cálcio, Dexametasona, Digoxina, Dopamina, Furosemida, Heparina, Sulfato de Magnésio, Naloxone, Nitroglicerina, Nitroprussiato, Fenitoína, Cloreto de potássio, Procainamida, Propranolol e Verapamil), Frascos de Soro Fisiológico;
  • Ventilador portátil capaz de oferecer volume/minuto, pressão, FiO2 de 100% e PEEP que o doente esteja a fazer previamente, com alarme de desconexão e alarme de altas pressões na via aérea. Checar o nível de gases nos cilindros;
  • Dispositivo bolsa-válvula-máscara (“Ambu”) conectado ao cilindro de oxigênio.

5. Rever as contra-indicações ao transporte:

  • Número insuficiente de profissionais treinados;
  • Incapacidade de assegurar suporte ventilatório, hemodinâmico durante o transporte ou o tempo de permanência no setor de destino;
  • Instabilidade clínica (relativa): PEEP > 14 cm H2O e uso de drogas vasoativas;
  • Impossibilidade de monitorização contínua.

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6. Condições ideais de monitorização durante o transporte:

  • Monitorização cardíaca;
  • Oximetria de pulso;
  • Pressão arterial;
  • Frequência respiratória;
  • Capnografia;
  • Pressão intracraniana;
  • PEEP;
  • PVC.

7. Revisão dos equipamentos invasivos:

  • Cateteres venosos: Fixação adequada, para evitar trações pelo equipo; Atentar, também, se o volume disponível de solução sendo infundida é suficiente para o tempo previsto de transporte.
  • Dreno de tórax: Somente clampeá-lo para o posicionamento do paciente na maca (transportar aberto, desclampeado). Posicionar o frasco em nível abaixo do ponto de inserção no tórax.
  • Bombas de infusão: Fixá-las adequadamente e garantir que a bateria esteja com carga;
  • Sondas nasogástrica e vesical: Podem ser clampeadas por curto período e ser transportadas no mesmo nível do paciente; Lembrar de retorná-las à configuração inicial tão logo for possível.

8. O Transporte:

  • Planejar para que seja feito no menor tempo possível;
  • Cuidado especial na transferência para maca de transporte. Checar se o paciente não está com contenções nos membros (evitar trações);
  • Configurar o ventilador de transporte com parâmetros compatíveis com o modo ventilatório prévio. Se necessário, elevar a fração inspirada de oxigênio;
  • Cuidado com as principais causas de erro: deslocamento da cânula endotraqueal, perda do suprimento de oxigênio, mau funcionamento do equipamento por falta de energia, bateria descarregada ou danificação do aparelho, perda de cateter endovenoso ou sonda por tração.

9. Estabilização pós-transporte:

  • Rever parâmetros de monitorização: atenção aos parâmetros hemodinâmicos e ventilatórios;
  • Coleta de gasometria arterial. Quando indicado, coletar um exame pré-transporte, para que sirva como parâmetro comparativo.

10. Registro médico: Anotar no prontuário o procedimento realizado, incluindo o motivo da transferência, tempo de transporte, as alterações fisiológicas e eventuais intercorrências.

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Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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