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A gestação e o puerpério imediato são fatores de risco para embolia pulmonar (TEP) e tromboembolismo venoso (TEV), só que os métodos diagnósticos disponíveis apresentam limitações, como pior acurácia do d-dímero e as restrições à radiação na TC e cintilografia. Além disso, a população de gestantes é bem menos estudada e trials recentes sequer incluíram grávidas entre os participantes.
Um estudo recente publicado na Lancet trouxe informações importantes que têm aplicação prática imediata no TEP, confira nosso resumo a seguir:
Onde tudo começa? Uma grávida onde há suspeita de TEP.
O que fazer? Utilizar o escore de Geneva para estimar a probabilidade de TEP, dividindo os resultados em baixo/médio risco e alto risco. Neste estudo, o popular Wells não foi utilizado.
- Baixo/médio risco: use d-dímero com corte em 500 mcg/L. Se negativo, exclui TEP. Se positivo, peça US de MMII,
- Alto risco: parte direto para US de MMII;
- US positivo: trate como TEP;
- US negativo: peça angioTC;
A cintilografia de ventilação/perfusão ficaria para os casos de angioTC inconclusiva.
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Conclusões do estudo:
- Esse algoritmo tem boa acurácia. O pequeno número de casos de TEP na amostra final pode ter subestimado o real benefício.
- O d-dímero e a angioTC, mesmo com limitações, são úteis em gestantes.
- O US foi o exame “menos útil”: só 2% das mulheres tiveram TVP vista. As demais prosseguiram na investigação com angioTC.
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Referências:
Righini M, Robert-Ebadi H, Elias A, Sanchez O, Le Moigne E, Schmidt J, et al. Diagnosis of Pulmonary Embolism During Pregnancy: A Multicenter Prospective Management Outcome Study. Ann Intern Med. [Epub ahead of print ] doi: 10.7326/M18-1670