Confira a parte I deste caso clínico aqui!
I., de 13 anos, cujo diagnóstico de gravidez foi feito por você há cerca de dez dias, retorna para consulta na Clínica da Família, acompanhada pela mãe. A gravidez foi considerada legalmente como sendo fruto de estupro de vulnerável e o abortamento foi realizado de maneira legal, no serviço de referência do município. Isabelly não tem queixas e vem por insistência da mãe, que está muito preocupada: “E se essa menina engravida de novo, doutor?”
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1. Pergunta
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada?
Correto
Resposta: C
Pacientes que abortam dentro ou fora das previsões legais devem ser encorajadas a retornar ao serviço e realizar o seguimento pós-aborto. Informações a respeito do acompanhamento clínico da paciente, envolvendo ou não a prática de aborto fora de parâmetros legais, são protegidos pelo sigilo médico.
Para casos de pacientes em pós-aborto seguro sem complicações, medicamentoso ou cirúrgico, o acompanhamento é recomendável, porém não mandatório – desde que a paciente esteja adequadamente informada sobre sinais e sintomas de alarme e sobre os métodos contraceptivos. Orienta-se uma primeira consulta entre 7 a 14 dias após o procedimento e o exame físico deve ser direcionado pelas queixas da paciente. Dessa forma, não é necessária a realização de exame ginecológico em pacientes sem queixas após abortamentos seguros sem complicações.
A OMS recomenda que, se desejado pela mulher para prevenir uma nova gestação, a contracepção pode ser inciada imediatamente após um aborto sem complicações. O DIU pode ser inserido após o sucesso do procedimento ter sido determinado. As evidências são menos sólidas diante de abortamento cirúrgico; contudo, a OMS mantém essas recomendações para os dois tipos de aborto seguro.
Apesar de comumente a ovulação retornar em 30 dias após o aborto, tambem é possível que isso aconteça em até oito a dez dias. A contracepção deve ser iniciada o mais rápido possível, em até 30 dias após o procedimento, mas idealmente antes.
Pacientes que realizaram aborto devem ser adequadamente informadas sobre sintomas de gravidez em andamento – o que pode indicar falha do procedimento -, e sobre outros motivos que a devem fazer retornar ao médico. Entre esses sintomas, estão: sangramento aumentado e prolongado, ausência completa de sangramento após aborto medicamentoso, febre ou dor sem alívio com analgésicos.
Referências biliográficas:
- Abortion care guideline. World Health Organization. Geneva, 2022.
- Gravidez indesejada na Atenção Primária à Saúde (APS) : as dúvidas que você sempre teve, mas nunca pôde perguntar. Anis – Instituto de Bioética e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Letras Livres. Brasília, 2021.
- Comissão Nacional Especializada em Violência Sexual e Interrupção gestacional prevista em Lei. Interrupções da gravidez com fundamento e amparo legais. Protocolo Febrasgo – Ginecologia, n. 69. São Paulo: Febrasgo, 2021.
- Medical management of abortion. World Health Organization. Geneva, 2018.
- Cadernos de Atenção Básica n 26: Saúde sexual e saúde reprodutiva. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília, 2013.
Incorreto
Resposta: C
Pacientes que abortam dentro ou fora das previsões legais devem ser encorajadas a retornar ao serviço e realizar o seguimento pós-aborto. Informações a respeito do acompanhamento clínico da paciente, envolvendo ou não a prática de aborto fora de parâmetros legais, são protegidos pelo sigilo médico.
Para casos de pacientes em pós-aborto seguro sem complicações, medicamentoso ou cirúrgico, o acompanhamento é recomendável, porém não mandatório – desde que a paciente esteja adequadamente informada sobre sinais e sintomas de alarme e sobre os métodos contraceptivos. Orienta-se uma primeira consulta entre 7 a 14 dias após o procedimento e o exame físico deve ser direcionado pelas queixas da paciente. Dessa forma, não é necessária a realização de exame ginecológico em pacientes sem queixas após abortamentos seguros sem complicações.
A OMS recomenda que, se desejado pela mulher para prevenir uma nova gestação, a contracepção pode ser inciada imediatamente após um aborto sem complicações. O DIU pode ser inserido após o sucesso do procedimento ter sido determinado. As evidências são menos sólidas diante de abortamento cirúrgico; contudo, a OMS mantém essas recomendações para os dois tipos de aborto seguro.
Apesar de comumente a ovulação retornar em 30 dias após o aborto, tambem é possível que isso aconteça em até oito a dez dias. A contracepção deve ser iniciada o mais rápido possível, em até 30 dias após o procedimento, mas idealmente antes.
Pacientes que realizaram aborto devem ser adequadamente informadas sobre sintomas de gravidez em andamento – o que pode indicar falha do procedimento -, e sobre outros motivos que a devem fazer retornar ao médico. Entre esses sintomas, estão: sangramento aumentado e prolongado, ausência completa de sangramento após aborto medicamentoso, febre ou dor sem alívio com analgésicos.
Referências biliográficas:
- Abortion care guideline. World Health Organization. Geneva, 2022.
- Gravidez indesejada na Atenção Primária à Saúde (APS) : as dúvidas que você sempre teve, mas nunca pôde perguntar. Anis – Instituto de Bioética e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Letras Livres. Brasília, 2021.
- Comissão Nacional Especializada em Violência Sexual e Interrupção gestacional prevista em Lei. Interrupções da gravidez com fundamento e amparo legais. Protocolo Febrasgo – Ginecologia, n. 69. São Paulo: Febrasgo, 2021.
- Medical management of abortion. World Health Organization. Geneva, 2018.
- Cadernos de Atenção Básica n 26: Saúde sexual e saúde reprodutiva. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília, 2013.