Hepatite B: diagnóstico e tratamento [podcast]

Neste episódio, a infectologista e editora-médica do WB, Isabel Melo, fala como diagnosticar e tratar a Hepatite B. Confira!

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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O vírus HBV é considerado um dos principais agentes causadores de hepatite viral em humanos. Ele é transmitido principalmente por meio do contato direto com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen, secreções vaginais e saliva.

As formas mais comuns de transmissão incluem relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas contaminadas durante o uso de drogas injetáveis, transfusões de sangue contaminado e de mãe para filho durante o parto. Confira e saiba mais!

Neste episódio, a infectologista e editora-médica do Whitebook, Isabel Melo, fala como diagnosticar e tratar a Hepatite B, uma doença infecciosa que afeta principalmente o fígado. Confira!

Fisiopatologia

O HBV apresenta DNA como genoma e pertence à família Hepadnaviridae. É um vírus oncogênico que apresenta 10 genótipos, com classificação de A a J. No Brasil, os genótipos A, D e F são os mais prevalentes. O HBV possui tropismo pela célula hepática e, ao se ligar a receptores presentes na superfície celular, é internalizado e perde seu envoltório. Em seguida, o conteúdo viral migra para o núcleo, onde se replica.

Transmissão: Solução de continuidade (pele e mucosas):

  • Via parenteral: Compartilhamento de agulhas, seringas, material de manicure e pedicure, lâminas de barbear e depilar, tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança, entre outros;
  • Relações sexuais desprotegidas: Via predominante;
  • Transmissão vertical (materno-infantil): O momento do parto é o período de maior risco de transmissão a partir de gestantes com replicação viral. Essa via de transmissão apresenta maior chance de cronificação.

O período de incubação é de 30-180 dias (média de 60-90 dias); o período de transmissibilidade acontece em duas a três semanas antes dos primeiros sintomas e enquanto o HBsAg estiver detectável. O portador crônico pode transmitir o HBV durante vários anos. Os pacientes que apresentam HBeAg (marcador de replicação viral) reagente têm maior risco de transmissão do HBV do que os com HBeAg não reagente.

Os indivíduos com perfil sorológico HBsAg, anti-HBc e anti-HBs não reagentes concomitantemente são suscetíveis. A imunidade adquirida por infecção prévia resolvida naturalmente é estabelecida pela presença de anti-HBc e anti-HBs reagentes. A imunidade adquirida por vacina é confirmada pela presença de anti-HBs nos exames sorológicos.

A infecção pelo HBV também é condicional para o desenvolvimento da hepatite delta, uma doença relacionada à infecção pelo vírus D e que tem impacto importante na região amazônica.

Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

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