O termo sustentabilidade tem sido muito discutido nos debates sobre meio ambiente, preservação do planeta. A palavra vem do latim sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar e/ou cuidar.¹
O conceito de sustentabilidade teve origem numa Conferência da ONU em Estocolmo, Suécia, sobre o Meio Ambiente Humano (Unche) ocorrida entre os dias 5 e 16 de junho em 1972. Por este motivo, no dia 5 de junho, é comemorado o “Dia Mundial do Meio Ambiente”.
Geralmente é um conceito associado às questões ambientais, na capacidade de produção de bens, autorreparação de recursos naturais e atividades econômicas. Porém, pode relacionar-se à vida em vários âmbitos, através de uma visão integrada, sistêmica, que envolve a continuidade da sociedade, dos determinantes sociais, cultura, educação e é claro, possui total relação com a saúde.²
Quando pensamos em não poluir os rios e mares, vias públicas, evitar desmatamentos, praticar alimentação “sustentável”, fazer coleta de lixo seletiva, cuidar do ecossistema, estamos praticando ações que visam o equilíbrio do meio ambiente, sem prejudicá-lo, para vivermos melhor a longo prazo, proporcionando maior sobrevida ao planeta em que vivemos.
Diante do contexto, é importante a reflexão sobre a relação desta temática com o campo da promoção em saúde, visto que cada vez mais as políticas e ações de sustentabilidade aproximam-se das demandas e ações dos serviços de saúde, visto os custos elevados que observamos para haver manutenção e recuperação da saúde da população.²
A degradação dos ambientes naturais num ritmo acelerado, como por exemplo a emissão de gases poluentes aumentando o efeito estufa, a redução da qualidade e disponibilidade da água, aumentam muito o risco de desenvolvimento de doenças, mortes e resulta em prejuízos à qualidade de vida e saúde das pessoas e gerações futuras.
Segundo a OMS, as mudanças climáticas impactam de 20 a 30 vezes mais os países em desenvolvimento e o aquecimento global cada vez mais torna-se preocupante, se considerarmos que, a maioria da população global é composta por indivíduos empobrecidos, ou seja, possuem maiores dificuldades para acesso a água potável e saneamento básico.³
Assim como para promoção e prevenção da saúde, vale ressaltar que a principal forma de contribuir com a sustentabilidade é a mudança de comportamento das pessoas, principalmente adquirindo hábitos saudáveis de vida, reduzindo os impactos e preservando o meio ambiente para garantir assim saúde e bem-estar para todos.
Portanto, a sustentabilidade é essencial para promoção da saúde pois estão interligados, e o incentivo ao desenvolvimento sustentável favorece locais físicos e sociais para realizar por exemplo, práticas como redução da toxicidade alimentar, poluição do ar e ambiente; água limpa e saneamento básico, o que reflete diretamente em um indivíduo saudável.¹
Alguns exemplos de práticas sustentáveis que estão relacionadas à melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde:
- Consumir alimentos orgânicos (sem agrotóxicos);
- Ir trabalhar de bicicleta, quando possível;
- Separar o lixo para reciclagem e não o jogar no chão ou rios;
- Cultivar hortas caseiras agroecológicas;
- Utilizar produtos biodegradáveis;
- Consumo consciente;
- Plantar uma árvore;
- Adotar um copo ou uma garrafa para ingerir líquidos ao longo do dia;
- Controlar exposição de luz nos ambientes de trabalho para não gerar desconforto e reduzir o consumo;
Por isso, não se esqueça: Implementar práticas sustentáveis no seu dia a dia influencia totalmente o alcance da sua qualidade de vida e reduzem comportamentos que podem ser um risco à saúde de todos.
A saúde dos seres humanos depende da saúde do nosso Planeta.
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Referências Bibliográficas:
- Sousa, K. O. de., Sousa, S. E. E. D., Santos, M. T. D. S., Lima, A. Y. G. D, & Santos, P. V. M. D. (2021). Relevância da sustentabilidade para a promoção da saúde e qualidade de vida. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 2(3), 33. https://doi.org/10.51189/rema/2055
- ASSIS, RRQ de; LIMA, LJde; JÚNIOR, JFL. Desenvolvimento sustentável e saúde: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, [S.l.], v. 2, ago. 2019. ISSN 2526-3560. Disponível em: <https://cfp.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/pesquisainterdisciplinar/article/view/212>. Acesso em: 01 jun. 2022. doi:http://dx.doi.org/10.24219/rpi.v2i2.0.212.
- WHO Health and Climate Change Survey Report. 2021 Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240038509> Acesso em: 1 junho de 2022.