Médicos e as redes sociais

A cada dia vemos mais e mais pessoas envolvidas em redes sociais, conversas online, trocas rápidas de mensagens, vídeos e áudios. Este é o novo pilar comunicativo da sociedade em que vivemos. Os smartphones são uma realidade e não há como negarmos que todo esse avanço tecnológico facilitou o dia-a-dia de todos. Porém, ao mesmo …

A cada dia vemos mais e mais pessoas envolvidas em redes sociais, conversas online, trocas rápidas de mensagens, vídeos e áudios. Este é o novo pilar comunicativo da sociedade em que vivemos. Os smartphones são uma realidade e não há como negarmos que todo esse avanço tecnológico facilitou o dia-a-dia de todos. Porém, ao mesmo tempo, passamos a nos expor mais, exibir mais e colocar em evidências fatos, frases e conversas que antes mantínhamos para nós, ou minimamente refletíamos antes de encaminharmos. Passamos a banalizar o click do “publicar”. E isto pode ser danoso a terceiros, principalmente quando expomos pacientes ou usamos a medicina como comércio.

Pautada em queixas feitas por médicos e pacientes sobre postagens médicas em redes sociais, o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou, esta semana, mudanças na resolução 2126/2015, que rege as normas de autopromoção médica. As mudanças traçam limites na publicação de selfies dos profissionais, com ou sem pacientes, em redes sociais. Ademais, ela também proíbem a divulgação de telefone e endereço de consultórios ou clínicas em redes sociais e Apps de conversas online. Os profissionais que forem pegos desrespeitando estas normas pode sofrer consequências desde advertência até a suspensão da licença de trabalho.

A medicina é uma profissão de confidência. O médico é um ouvinte, guardião da dor de seu paciente. Na faculdade aprendemos a não julgar os hábitos e ações de cada, bem como aprendemos o quão importante é uma história bem colhida, sem meias verdades. Esta pode ser a diferença entre fechar ou não um diagnóstico.

Médicos devem ter cuidado ao se comunicar ou expor em redes sociais, seja com outros colegas ou mesmo pacientes. Sabemos que a medicina é uma profissão de compartilhamento, um colega dividir um caso com outro é corriqueiro e as vezes trivial para o mesmo. Aonde o apoio ou uma segunda opinião podem definir uma conduta e seu sucesso.

Algumas novas ferramentas permitem maior segurança ao restringir apenas para médicos a comunicação e troca de informações, para o engrandecimento da discussão clínica sem expor o paciente ou utilizar como marketing pessoal.

Algumas soluções estão surgindo para permitir uma comunicação segura. No Brasil já contamos com com três diferentes canais: Medicinia, Ology e iMeds, que possuem como objetivo reunir e facilitar a comunicação e troca de conhecimento médico.

Duas redes sociais também se destacam como a rede Share Practice para troca de condutas e experiências, e a rede de compartilhamento de casos através de imagens Figure 1, já apresentada aqui neste blog.

Devemos respeitar e termos sensibilidades ao lidar com a nossa profissão e o impacto das nossas ações para os pacientes e comunidade. Em um momento aonde os profissionais de saúde estão em busca de reconhecimento precisamos ter atitudes condizentes para obtermos o respeito que esperamos da sociedade.

 

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