Em reunião na sede do CREMERJ, médicos relataram a situação precária das Unidades de Pronto Atendimento e hospitais públicos do Rio de Janeiro, com problemas relacionados à questões éticas, atrasos salariais, falta de medicamento e insumos básicos e até o fechamento de unidades.
Na UPA de Três Rios falta medicamentes e médicos, e a unidade não recebe verba do governo há mais de um ano. Caso a situação continue, a UPA pode fechar até o final de 2016. A situação é a mesma em Barra Mansa, com atrasos dos repasses da prefeitura e nos salários dos funcionários e demissões arbitrárias.
Em Niterói, o Hospital Orêncio de Freitas (HOF) reduziu o número de cirurgias, devido à falta de verba e de médicos, causando grande transtorno à população. As UPAs de Duque de Caxias enfrentam 15 meses sem repasses do governo, e agora funcionam com restrições. Em Angra dos Reis, o mesmo cenário: salários atrasados, falta de verba e sobrecarga no atendimento.
O Rio de Janeiro recebeu, recentemente, um recurso de R$ 2,9 bilhões do Governo Federal, mas nenhum repasse para a área de saúde foi anunciando pelo Estado. O CREMERJ continua em discussão com as secretarias de segurança e saúde do RJ para buscar uma solução para os casos mais críticos.