Novidades em punção venosa profunda

A punção venosa profunda é um procedimento comum na terapia intensiva. Ela tem como objetivo garantir um acesso venoso que facilite a administração de medicações para pacientes graves incluindo: aminas vasoativas, antibióticos, substâncias hiperosmóticas ou irritantes, além de realizar monitorização, ser via para administração de nutrição parenteral e hemodiálise de urgência. Dois estudos publicados este ano, …

250-BANNER2A punção venosa profunda é um procedimento comum na terapia intensiva. Ela tem como objetivo garantir um acesso venoso que facilite a administração de medicações para pacientes graves incluindo: aminas vasoativas, antibióticos, substâncias hiperosmóticas ou irritantes, além de realizar monitorização, ser via para administração de nutrição parenteral e hemodiálise de urgência.

Dois estudos publicados este ano, trouxeram novidades e boas práticas para uma melhor execução da punção venosa profunda. Nós selecionamos os principais pontos.

O primeiro estudo, publicado em fevereiro no American Journal of Emergency Medicine (AJEM), apontou que a tração caudal do membro superior facilita a visualização veia subclávia em acesso supraclavicular. O estudo realizado por pesquisadores da Córeia do Sul, envolveu 60 pacientes (20 adultos, 20 adolescentes e 20 crianças), onde se avaliou (com ultrassom) o comprimento puncionável da veia subclávia e a angulação disponível para inserção da agulha. As medidas foram realizadas com o membro superior em posição neutra, tração caudal, e abdução. Ambas as medidas do estudo aumentaram significativamente com a tração caudal do membro superior, sem perda no diâmetro da veia subclávia.

Mesmo sem ser um estudo de intervenção, ele permite presumir que a técnica de tração caudal do membro superior, permite uma melhor visualização da veia subclávia.

O segundo estudo, publicado no final de março no periódico Critical Care Medicine (CCM), levantou a pergunta: É necessário a radiografia de tórax após o procedimento de punção venosa profunda, da veia jugular interna, guiada por ultrassom? A resposta do estudo foi não.

Este dogma tem sido debatido por médicos na última década, após o inicio do uso rotineiro do ultrassom na punção da veia jugular interna. Os autores realizaram uma análise retrospectiva para localizar complicações detectadas pela radiografia, após a punção venosa profunda, da veia jugular interna, guiada por ultrassom.

500x250-1

Eles descobriram que 2014 foram realizadas 1322 punções de veia jugular interna, guiada por ultrassom, sendo 97% dos procedimentos realizados com sucesso. A radiografia de tórax conseguiu detectar 1 paciente com pneumotórax (0,1%), 13 cateteres implantados inadequadamente (1%). Não houve detecção de punção de artéria.

O estudo permite que médicos tenham maior segurança na punção de veia jugular interna guiada por ultrassom. E garante que médico evite atrasar o início da terapia de reposição volêmica ou antibiótico terapia em pacientes graves, apenas para aguardar a radiografia confirmatória.

O uso do ultrassom foi fundamental em ambos os estudos, e demonstrou a redução de risco e erros no procedimento. Muito provavelmente este se tornará mandatório em todas as punções venosas profundas no futuro próximo, onde o maior questionamento não será o sítio escolhido ou a realização de radiografia pós punção, mas por que não foi utilizado ultrassom.

Os melhores conteúdos em terapia intensiva e emergências você encontra no Whitebook Clinical Decison. Clique aqui e baixe grátis.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Tags