No último dia 03 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo produto farmacêutico para diagnóstico de febre maculosa. O teste de PCR (reação em cadeia da polimerase) detecta os marcadores específicos das bactérias do gênero Rickettsia spp. e Rickettsia rickettsii.
O produto (Kit IBMP Biomol Rickettsiose) é fabricado pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) sendo o segundo aprovado no país, em 2020 a agência já havia aprovado um outro teste de detecção para diagnóstico de doenças transmitidas por carrapatos.
Febre maculosa
O carrapato-estrela, A. cajannense, que costuma parasitar animais de grande porte, como cavalos e bois, e outros mamíferos, como gambás e capivaras, é o principal responsável pela infecção de humanos.
A doença apresenta período de incubação de até 14 dias. E seus sintomas incluem febre alta, cefaleia, mialgia, anorexia, fadiga, náuseas e vômitos, de início súbito. Os pacientes também podem apresentar rash cutâneo entre o 3º ao 5º dia da doença. Nos casos graves, pode haver hipotensão, comprometimento de sistema nervoso central, disfunção renal, lesões vasculares e insuficiência respiratória.
Todo caso suspeito de febre maculosa é de notificação compulsória imediata.
Surto de febre maculosa
No Brasil, algumas regiões são consideradas endêmicas para a doença. Em junho de 2023 ocorreu um surto na região da cidade de Campinas (SP) que levou quatro pessoas ao óbito.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, até junho, já haviam sido confirmados 53 casos de febre maculosa, com oito óbitos. Os dados também apontam que, entre 2012 e 2022, 753 pessoas morreram pela doença no país, tendo sido registrados 2.157 casos de infecção pelas bactérias responsáveis.
Esta notícia foi revisada pela equipe médica do Portal PEBMED.