O Hospital da Mulher da Unicamp (Caism) confirmou, no início de junho, o primeiro caso de Candida auris no estado de São Paulo. O fungo foi detectado em um paciente prematuro internado na unidade e o diagnóstico ocorreu no dia 18 de maio.
O estado informou que medidas de contenção estão em vigor e até o momento do comunicado nenhum outro paciente ou algum funcionário teve resultado positivo para infeção pelo fungo.
Perigos da infecção por Candida auris
O Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009 e, dada sua resistência aos principais medicamentos antifúngicos, ele é apelidado de superfungo. As consequências de sua infecção variam bastante com a idade e estado do sistema imunológico dos pacientes.
Além da resistência aos medicamentos, o Candida auris também possui tolerância térmica (37ºC a 42°C) e adaptabilidade fora do hospedeiro, favorecendo infeções originadas através de objetos médicos contaminados, aumentando o risco de surtos hospitalares.
Surto recente
Em janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou um surto com 11 casos da doença em Recife, entre dezembro 2021 e março 2022. Em maio deste ano, já foram identificados mais três casos no estado de Pernambuco. O primeiro surto no país ocorreu em 2020 na Bahia.
Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.