Paciente do sexo masculino, sem comorbidades, refere surgimento de placa de alopecia em região frontal há seis meses. O que será?
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1. Pergunta
Paciente do sexo masculino, sem comorbidades, refere surgimento de placa de alopecia em região frontal há seis meses. Já utilizou antifúngico tópico sem melhora. Relata piora da lesão após estresse no trabalho e exposição solar. Ao exame físico, apresenta placa de alopecia com centro atrófico, hipopigmentação central e hiperpigmentação periférica. Com o dermatoscópio foi possível visualizar escamas e presença de áreas brancacentas indicativas de fibrose (figura 1).
A biópsia foi realizada e confirmou a principal suspeita diagnóstica, que é?
Figura 1: placa de alopecia com centro atrófico, hipopigmentação central e hiperpigmentação periférica.
Correto
Resposta: a) Lúpus discóide
O lúpus discóide (LED) é um tipo de lúpus eritematoso cutâneo crônico. Caracteriza-se por lesões discrômicas, atróficas e fotossensíveis, geralmente em indivíduos de 20 a 40 anos.
O acometimento do couro cabeludo é a apresentação mais comum, e manifesta-se por lesões eritematosas, com escamas e tampão folicular, que podem deixar como sequelas cicatrizes, atrofia e alterações pigmentares. Também podem ocorrer lesões na região malar da face, pavilhão auricular, pescoço, face extensora dos braços, tronco e mucosas.
As formas cutâneas do lúpus podem ocorrer de forma isolada ou estarem associadas ao lúpus eritematoso sistêmico. No caso do LED, anormalidades sorológicas não são comuns e menos de 5% dos casos tem essa associação. Alguns sinais podem indicar maior risco de desenvolver o lúpus sistêmico: progressão para o couro cabeludo e áreas abaixo do pescoço, presença de altos títulos de FAN e linfocitopenia.
Várias são as opções terapêuticas para o LED, a depender se a doença é localizada, generalizada ou com acometimento sistêmico: corticóides tópicos ou intralesionais, antimaláricos, metotrexato, dapsona, entre outros. Uma complicação possível é a progressão da lesão para carcinoma de células escamosas, em geral de comportamento localmente agressivo.
Gómez-Quispe H et al. Trichoscopic findings of discoid lúpus erythematosus alopecia: A cross- sectional study. J Am Acad Dermatol. 2021 Mar;84(3):804-806. doi: 10.1016/j.jaad.2020.05.144. Epub 2020 Jun 2.
Incorreto
Resposta: a) Lúpus discóide
O lúpus discóide (LED) é um tipo de lúpus eritematoso cutâneo crônico. Caracteriza-se por lesões discrômicas, atróficas e fotossensíveis, geralmente em indivíduos de 20 a 40 anos.
O acometimento do couro cabeludo é a apresentação mais comum, e manifesta-se por lesões eritematosas, com escamas e tampão folicular, que podem deixar como sequelas cicatrizes, atrofia e alterações pigmentares. Também podem ocorrer lesões na região malar da face, pavilhão auricular, pescoço, face extensora dos braços, tronco e mucosas.
As formas cutâneas do lúpus podem ocorrer de forma isolada ou estarem associadas ao lúpus eritematoso sistêmico. No caso do LED, anormalidades sorológicas não são comuns e menos de 5% dos casos tem essa associação. Alguns sinais podem indicar maior risco de desenvolver o lúpus sistêmico: progressão para o couro cabeludo e áreas abaixo do pescoço, presença de altos títulos de FAN e linfocitopenia.
Várias são as opções terapêuticas para o LED, a depender se a doença é localizada, generalizada ou com acometimento sistêmico: corticóides tópicos ou intralesionais, antimaláricos, metotrexato, dapsona, entre outros. Uma complicação possível é a progressão da lesão para carcinoma de células escamosas, em geral de comportamento localmente agressivo.
Gómez-Quispe H et al. Trichoscopic findings of discoid lúpus erythematosus alopecia: A cross- sectional study. J Am Acad Dermatol. 2021 Mar;84(3):804-806. doi: 10.1016/j.jaad.2020.05.144. Epub 2020 Jun 2.
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Dermatologista, graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais ⦁ Realizou intercâmbio acadêmico no Departamento de Dermatologia da Radboud University, Holanda ⦁ Residência médica de Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ⦁ Aprovada no TED - Título de Especialista em Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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9 fev. 2024 
2 min. 
