Paciente portador de doença de Graves diagnosticada em 1992. Alega o surgimento de vários nódulos violáceos no terço distal dos membros inferiores. Agora é com vocês: teste seus conhecimentos no Quiz PEBMED:
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
Paciente do sexo masculino, 53 anos, portador de doença de Graves, diagnosticada em 1992. Apresenta exoftalmia e edema de partes moles das mãos há vários anos. Nos últimos anos, vem percebendo o surgimento de vários nódulos violáceos no terço distal dos membros inferiores, não dolorosos e endurecidos.
Qual o diagnóstico?
Correto
Resposta: Mixedema pré-tibial
O mixedema pré-tibial (MPT), é uma dermatose incomum associada ao hipertireoidismo, acometendo 0,5 a 5% dos portadores de doença de Graves. Ainda mais raramente, acomete eutireoideos ou portadores de tireoidite de Hashimoto.
O paciente em questão apresentava manifestações clássicas da doença de Graves: oftalmopatia (proptose e retração palpebral), acropatia (edema de partes moles das mãos – figura 2) e mixedema pré-tibial. O MPT apresenta-se como placas ou nódulos rígidos na região pré-tibial ou raramente em membros superiores, face ou áreas de trauma. A lesão ocorre devido ao acúmulo de mucina na derme.
O diagnóstico diferencial inclui dermatite de estase, outras mucinoses secundárias a colagenoses (lúpus, dermatomiosite, esclerodermia), líquen amiloidótico, necrobiose lipoídica ou líquen plano hipertrófico.
Geralmente é autolimitado, mas casos graves podem cursar com linfedema crônico ou lesão neural com sequela motora, preveníveis com a instituição de terapia precoce. A corticoterapia intralesional ou tópica é o tratamento mais utilizado. Terapias alternativas como hialuronidase, radioterapia, pentoxifilina, intervenção cirúrgica, iodo radioativo, plasmaférese, rituximabe e imunoglobulina intravenosa foram descritos em relatos de casos.
Referências bibliográficas:
Ren Z, He M, Deng F, Chen Y, Chai L, Chen B, Deng W. Treatment of pretibial myxedema with intralesional immunomodulating therapy. Ther Clin Risk Manag. 2017 Sep 8;13:1189-1194.
Lan C, Wang Y, Zeng X, Zhao J, Zou X. Morphological Diversity of Pretibial Myxedema and Its Mechanism of Evolving Process and Outcome: A Retrospective Study of 216 Cases. Journal of tyroid Research Volume 2016.
Chen X, Zhao X, Li X, Shi R, Zheng J. Efficacy of Trimodality Therapy for Pretibial Myxoedema: A Case Series of 20 Patients. Acta Derm Venereol. 2016 Jun 15;96(5):714-5.
Lan C, Li C, Chen W, Mei X, Zhao J, Hu J. A randomized controlled trial of intralesional glucocorticoid for treating pretibial myxedema. J Clin Med Res. 2015;7(11):862–872.
Sendhil Kumaran M., Dutta P., Sakia U., Dogra S. Long-term follow-up and epidemiological trends in patients with pretibial myxedema: an 11-year study from a tertiary care center in northern India. International Journal of Dermatology. 2015;54(8):e280–e286.
Incorreto
Resposta: Mixedema pré-tibial
O mixedema pré-tibial (MPT), é uma dermatose incomum associada ao hipertireoidismo, acometendo 0,5 a 5% dos portadores de doença de Graves. Ainda mais raramente, acomete eutireoideos ou portadores de tireoidite de Hashimoto.
O paciente em questão apresentava manifestações clássicas da doença de Graves: oftalmopatia (proptose e retração palpebral), acropatia (edema de partes moles das mãos – figura 2) e mixedema pré-tibial. O MPT apresenta-se como placas ou nódulos rígidos na região pré-tibial ou raramente em membros superiores, face ou áreas de trauma. A lesão ocorre devido ao acúmulo de mucina na derme.
O diagnóstico diferencial inclui dermatite de estase, outras mucinoses secundárias a colagenoses (lúpus, dermatomiosite, esclerodermia), líquen amiloidótico, necrobiose lipoídica ou líquen plano hipertrófico.
Geralmente é autolimitado, mas casos graves podem cursar com linfedema crônico ou lesão neural com sequela motora, preveníveis com a instituição de terapia precoce. A corticoterapia intralesional ou tópica é o tratamento mais utilizado. Terapias alternativas como hialuronidase, radioterapia, pentoxifilina, intervenção cirúrgica, iodo radioativo, plasmaférese, rituximabe e imunoglobulina intravenosa foram descritos em relatos de casos.
Referências bibliográficas:
Ren Z, He M, Deng F, Chen Y, Chai L, Chen B, Deng W. Treatment of pretibial myxedema with intralesional immunomodulating therapy. Ther Clin Risk Manag. 2017 Sep 8;13:1189-1194.
Lan C, Wang Y, Zeng X, Zhao J, Zou X. Morphological Diversity of Pretibial Myxedema and Its Mechanism of Evolving Process and Outcome: A Retrospective Study of 216 Cases. Journal of tyroid Research Volume 2016.
Chen X, Zhao X, Li X, Shi R, Zheng J. Efficacy of Trimodality Therapy for Pretibial Myxoedema: A Case Series of 20 Patients. Acta Derm Venereol. 2016 Jun 15;96(5):714-5.
Lan C, Li C, Chen W, Mei X, Zhao J, Hu J. A randomized controlled trial of intralesional glucocorticoid for treating pretibial myxedema. J Clin Med Res. 2015;7(11):862–872.
Sendhil Kumaran M., Dutta P., Sakia U., Dogra S. Long-term follow-up and epidemiological trends in patients with pretibial myxedema: an 11-year study from a tertiary care center in northern India. International Journal of Dermatology. 2015;54(8):e280–e286.
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Dermatologista, graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais ⦁ Realizou intercâmbio acadêmico no Departamento de Dermatologia da Radboud University, Holanda ⦁ Residência médica de Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ⦁ Aprovada no TED - Título de Especialista em Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.