Coautora: Nathalia Schuengue. Enfermeira pediatra pelo Instituto Fernandes Figueira • Mestre em saúde da criança pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
D.G.R., cinco anos, compareceu com seus pais na emergência pediátrica devido a queixas de tosse, cansaço ao respirar e “chiado”. Durante a anamnese, os pais informaram que a criança já havia apresentado quadros semelhantes (duas vezes no último mês) e que o quadro atual iniciou no final da tarde e houve piora pela noite. Informaram, também, que a casa está em obra e há muita poeira no momento, presença de animais dentro do domicílio e familiares tabagistas que convivem no local. No exame físico identificou-se ausculta pulmonar com sibilos bilaterais, frequência respiratória aumentada, dispneia, frequência cardíaca elevada e SpO2 89%. Após tratamento dos sintomas e melhora do quadro, a família foi encaminhada para a Unidade de Saúde da Família mais próxima de sua residência com diagnóstico de asma para acompanhamento e orientações.
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1. Pergunta
Diante do quadro, quais orientações de enfermagem podem ser informadas para essa família?
Correto
Resposta: c) 1,3,7,8
Diante de um caso de asma, é importante que o enfermeiro reforce que a família evite a exposição da criança a fumaça, poluentes e alérgenos inalatórios, pois eles podem provocar hiperreações brônquicas e desencadear quadros de crise de asma, bem como a exposição ao tabaco.
A troca diária de roupas de cama não é uma recomendação para prevenção dos quadros de crise, embora esse cuidado deva ser feito com frequência. Com relação a limpeza do ambiente, também é importante que a família seja orientada a não varrer o ambiente com vassoura, pois esse tipo de limpeza pode favorecer que a poeira fique suspensa no ar. A limpeza deve ser feita com aspirador de pós ou pano úmido. A exposição ao sol é um cuidado importante na prevenção de crises, bem como a manutenção do ambiente domiciliar arejado e limpo, reduzindo as chances de acúmulo de poeira, ácaros e outros alérgenos.
Manter o calendário de vacinação de todas as crianças em dia é fundamental. Entretanto, para as crianças asmáticas, os benefícios da imunização são ainda mais importantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as vacinas reduzem a probabilidade de possíveis infecções respiratórias virais ou bacterianas que podem descompensar a doença de base e provocar agravos à saúde da criança, além de reduzir os custos com internações hospitalares e tratamento.
O enfermeiro deve estar atendo principalmente na atualização das seguintes vacinas:
- Influenza, uma vez que crianças com asma fazem parte do grupo de risco para desenvolverem formas graves de Influenza e Complicações;
- Vacina pneumocócica conjugada (VPC); pacientes com asma possuem grande vulnerabilidade para infecções causadas por Streptococcus pneumoniae (SP). No Brasil, as vacinas vacina pneumocócica conjugada 10-valente e 13-valente, protegem contra 10 e 13 sorotipos de pneumococo, e estão licenciadas para administração em crianças de menores de 5 anos e crianças de todas as idades, respectivamente.
- Vacina pneumocócica polissacarídica (VPP); recomendada para crianças asmáticas acima de 2 anos, com o objetivo de aumentar a proteção contra mais sorotipos de pneumococo;
- Vacina Haemophilus influenza tipo b (Hib): Crianças e adolescentes com doenças pulmonares crônicas, como a asma, são grupo de risco para desenvolverem infecções causadas por Haemophilus influenza tipo b;
- Vacina Coqueluche: Indivíduos asmáticas possuem maior vulnerabilidade para apresentarem formas graves e comorbidades provocadas pela Coqueluche.
Pessoas asmáticas possuem intolerância para desenvolverem atividades físicas devido à ventilação pulmonar ineficiente, alteração na troca gasosa e redução na capacidade do músculo em manter o metabolismo oxidativo, provocando fadiga e exaustão. Além disso, o broncoespasmo provocado pela atividade física pode piorar o quadro. Nesse sentido, as atividades físicas devem ser realizadas com recomendação médica e acompanhamento com fisioterapeuta para reabilitação pulmonar.
Outro fator importante, é orientar aos familiares e cuidadores sobre os sinais de alarme das crises, a fim de evitar agravamento do quadro da criança, procurando a unidade de saúde quando não for possível manejo domiciliar.
Referências bibliográficas:
- SES/SVS. Guia Prático de Imunizações para Trabalhadores da Sala de Vacinação. Goiás. 2021
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020. J Bras Pneumol. 2020;46(1). Disponível em: https://www.jornaldepneumologia.com.br/export-pdf/3118/2020_46_1_3118_portugues.pdf
- Pastorino AC, et al. Guia Prático de Atualização no tratamento da exacerbação de asma na criança e no adolescente – Posicionamento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria. Arquivos de Asmas, Alergia e Imunologia. 2021;5(4).
- Global Asthma Network. The Global Asthma Report 2018. Auckland, New Zealand: Global Asthma Network, 2018. Disponível em: http://globalasthmareport.org/
- Neto HJC, et al. Guia prático de abordagem da criança e do adolescente com asma grave: Documento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria. Arq Asma Alerg Imunol – Vol. 4, N° 1, 2020.
Incorreto
Resposta: c) 1,3,7,8
Diante de um caso de asma, é importante que o enfermeiro reforce que a família evite a exposição da criança a fumaça, poluentes e alérgenos inalatórios, pois eles podem provocar hiperreações brônquicas e desencadear quadros de crise de asma, bem como a exposição ao tabaco.
A troca diária de roupas de cama não é uma recomendação para prevenção dos quadros de crise, embora esse cuidado deva ser feito com frequência. Com relação a limpeza do ambiente, também é importante que a família seja orientada a não varrer o ambiente com vassoura, pois esse tipo de limpeza pode favorecer que a poeira fique suspensa no ar. A limpeza deve ser feita com aspirador de pós ou pano úmido. A exposição ao sol é um cuidado importante na prevenção de crises, bem como a manutenção do ambiente domiciliar arejado e limpo, reduzindo as chances de acúmulo de poeira, ácaros e outros alérgenos.
Manter o calendário de vacinação de todas as crianças em dia é fundamental. Entretanto, para as crianças asmáticas, os benefícios da imunização são ainda mais importantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as vacinas reduzem a probabilidade de possíveis infecções respiratórias virais ou bacterianas que podem descompensar a doença de base e provocar agravos à saúde da criança, além de reduzir os custos com internações hospitalares e tratamento.
O enfermeiro deve estar atendo principalmente na atualização das seguintes vacinas:
- Influenza, uma vez que crianças com asma fazem parte do grupo de risco para desenvolverem formas graves de Influenza e Complicações;
- Vacina pneumocócica conjugada (VPC); pacientes com asma possuem grande vulnerabilidade para infecções causadas por Streptococcus pneumoniae (SP). No Brasil, as vacinas vacina pneumocócica conjugada 10-valente e 13-valente, protegem contra 10 e 13 sorotipos de pneumococo, e estão licenciadas para administração em crianças de menores de 5 anos e crianças de todas as idades, respectivamente.
- Vacina pneumocócica polissacarídica (VPP); recomendada para crianças asmáticas acima de 2 anos, com o objetivo de aumentar a proteção contra mais sorotipos de pneumococo;
- Vacina Haemophilus influenza tipo b (Hib): Crianças e adolescentes com doenças pulmonares crônicas, como a asma, são grupo de risco para desenvolverem infecções causadas por Haemophilus influenza tipo b;
- Vacina Coqueluche: Indivíduos asmáticas possuem maior vulnerabilidade para apresentarem formas graves e comorbidades provocadas pela Coqueluche.
Pessoas asmáticas possuem intolerância para desenvolverem atividades físicas devido à ventilação pulmonar ineficiente, alteração na troca gasosa e redução na capacidade do músculo em manter o metabolismo oxidativo, provocando fadiga e exaustão. Além disso, o broncoespasmo provocado pela atividade física pode piorar o quadro. Nesse sentido, as atividades físicas devem ser realizadas com recomendação médica e acompanhamento com fisioterapeuta para reabilitação pulmonar.
Outro fator importante, é orientar aos familiares e cuidadores sobre os sinais de alarme das crises, a fim de evitar agravamento do quadro da criança, procurando a unidade de saúde quando não for possível manejo domiciliar.
Referências bibliográficas:
- SES/SVS. Guia Prático de Imunizações para Trabalhadores da Sala de Vacinação. Goiás. 2021
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020. J Bras Pneumol. 2020;46(1). Disponível em: https://www.jornaldepneumologia.com.br/export-pdf/3118/2020_46_1_3118_portugues.pdf
- Pastorino AC, et al. Guia Prático de Atualização no tratamento da exacerbação de asma na criança e no adolescente – Posicionamento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria. Arquivos de Asmas, Alergia e Imunologia. 2021;5(4).
- Global Asthma Network. The Global Asthma Report 2018. Auckland, New Zealand: Global Asthma Network, 2018. Disponível em: http://globalasthmareport.org/
- Neto HJC, et al. Guia prático de abordagem da criança e do adolescente com asma grave: Documento conjunto da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria. Arq Asma Alerg Imunol – Vol. 4, N° 1, 2020.