Correto
Resposta: c) Flatt
Epidemiologia
É a anomalia congênita mais comum da mão com incidência de 1:2000 nascimentos. Bilateral e simétrica em mais da metade dos casos. Masculino (2:1). Ordem de acometimento: 3° espaço (57%) > 4° espaço (27%) > 2° espaço, sendo que sindactilia no 1° e 2° espaços estão mais associadas a outras formas sindrômicas. Estão associadas eventualmente à polidactilia, clinodactilia, braquidactilia, sinfalangismo e sinostoses. Quanto à genética, 80% dos casos são esporádicos, podendo existir casos com história familiar positiva com traço autossômico dominante (10-40%).
Classificação
Sindactilia simples – A interconexão somente por pele e banda fibrosas. As falanges e as articulações estão normais e tendões flexor e extensor estão normalmente independentes. O feixe neurovascular é normal, embora a bifurcação da estrutura digital comum possa ocorrer distal ao nível normal do espaço
Sindactilia complexa – Há interconexão não somente da pele, mas também das estruturas ósseas e há outras anomalias musculotendineas e vasculonervosas. Podem ser chamadas de complexas complicadas quando há falanges ou dedos acessórios interpostos no espaço interdigital normal.
Avaliação clínica
União dos fâneros pode indicar presença de sinostose ou polidactilia da falange distal. Quando a sindactilia ocorre entre dedos de tamanhos bem diferentes (indicador/polegar e anular/mínimo), pode ter contratura gradual em flexão, desvio lateral e deformidade rotacional. Radiografia é imperativa.
Tratamento
O tratamento é eminentemente cirúrgico, sendo contraindicações: sindactilia leve incompleta sem comprometimento funcional, condições médicas que impeçam o procedimento, sindactilia complexa que gerará incapacidade maior com a tentativa de separação. Preconizado por volta de 2 anos de idade, exceto nos dedos mínimo e polegar onde se preconiza uma cirurgia mais precoce (6 meses a 1 ano) devido à maior chance de deformidade angular.
Princípios do tratamento:
Confecção de retalhos para comissura, incisões em ziguezague (para impedir retrações) e enxerto de pele total para recobrir falhas cutâneas (menor risco de contraturas). Deve haver dissecção cuidadosa dos feixes neurovasculares e desengorduramento dos dedos para facilitar o fechamento.
Se há vários dedos acometidos, separar dedos periféricos e deixar separação dos dedos centrais para um segundo tempo, cerca 3 meses após.
Técnicas importantes:
- Cronin – Combinação de retalhos triangulares dorsal e volar com incisões em ziguezague nas superfícies volar e dorsal dos dedos conjuntos. Permanece a base da maioria das técnicas.
- Sommerland – Os defeitos residuais resultantes da separação dos dedos são deixados abertos para cicatrizar por segunda intensão. Pelo medo de contratura e cicatrizes hipertróficas, essa técnica não é muito utilizada.
- Flatt – Apresenta um retalho dorsal para confecção da comissura entre os dedos. Esse flap dorsal deve ter o comprimento de 2/3 da falange proximal, contando a partir da cabeça do metacarpo correspondente. O retalho retangular da face volar tem sua base direcionada ao dedo dominante, ou seja, o dedo que não irá receber enxerto de pele.
A principal complicação é a deformidade causada pela cicatriz dos dedos e do espaço interdigital.
Referências bibliográficas:
- Green´s Operative Hand Surgery – WOLF, HOTCHKISS, PEDERSON, KOZIN, COHEN – 7th ed. – Elsevier – 2017
Incorreto
Resposta: c) Flatt
Epidemiologia
É a anomalia congênita mais comum da mão com incidência de 1:2000 nascimentos. Bilateral e simétrica em mais da metade dos casos. Masculino (2:1). Ordem de acometimento: 3° espaço (57%) > 4° espaço (27%) > 2° espaço, sendo que sindactilia no 1° e 2° espaços estão mais associadas a outras formas sindrômicas. Estão associadas eventualmente à polidactilia, clinodactilia, braquidactilia, sinfalangismo e sinostoses. Quanto à genética, 80% dos casos são esporádicos, podendo existir casos com história familiar positiva com traço autossômico dominante (10-40%).
Classificação
Sindactilia simples – A interconexão somente por pele e banda fibrosas. As falanges e as articulações estão normais e tendões flexor e extensor estão normalmente independentes. O feixe neurovascular é normal, embora a bifurcação da estrutura digital comum possa ocorrer distal ao nível normal do espaço
Sindactilia complexa – Há interconexão não somente da pele, mas também das estruturas ósseas e há outras anomalias musculotendineas e vasculonervosas. Podem ser chamadas de complexas complicadas quando há falanges ou dedos acessórios interpostos no espaço interdigital normal.
Avaliação clínica
União dos fâneros pode indicar presença de sinostose ou polidactilia da falange distal. Quando a sindactilia ocorre entre dedos de tamanhos bem diferentes (indicador/polegar e anular/mínimo), pode ter contratura gradual em flexão, desvio lateral e deformidade rotacional. Radiografia é imperativa.
Tratamento
O tratamento é eminentemente cirúrgico, sendo contraindicações: sindactilia leve incompleta sem comprometimento funcional, condições médicas que impeçam o procedimento, sindactilia complexa que gerará incapacidade maior com a tentativa de separação. Preconizado por volta de 2 anos de idade, exceto nos dedos mínimo e polegar onde se preconiza uma cirurgia mais precoce (6 meses a 1 ano) devido à maior chance de deformidade angular.
Princípios do tratamento:
Confecção de retalhos para comissura, incisões em ziguezague (para impedir retrações) e enxerto de pele total para recobrir falhas cutâneas (menor risco de contraturas). Deve haver dissecção cuidadosa dos feixes neurovasculares e desengorduramento dos dedos para facilitar o fechamento.
Se há vários dedos acometidos, separar dedos periféricos e deixar separação dos dedos centrais para um segundo tempo, cerca 3 meses após.
Técnicas importantes:
- Cronin – Combinação de retalhos triangulares dorsal e volar com incisões em ziguezague nas superfícies volar e dorsal dos dedos conjuntos. Permanece a base da maioria das técnicas.
- Sommerland – Os defeitos residuais resultantes da separação dos dedos são deixados abertos para cicatrizar por segunda intensão. Pelo medo de contratura e cicatrizes hipertróficas, essa técnica não é muito utilizada.
- Flatt – Apresenta um retalho dorsal para confecção da comissura entre os dedos. Esse flap dorsal deve ter o comprimento de 2/3 da falange proximal, contando a partir da cabeça do metacarpo correspondente. O retalho retangular da face volar tem sua base direcionada ao dedo dominante, ou seja, o dedo que não irá receber enxerto de pele.
A principal complicação é a deformidade causada pela cicatriz dos dedos e do espaço interdigital.
Referências bibliográficas:
- Green´s Operative Hand Surgery – WOLF, HOTCHKISS, PEDERSON, KOZIN, COHEN – 7th ed. – Elsevier – 2017