Quiz: Cisto epidermoide, como tratar?

Você sabe como tratar um caso de cisto epidermoide em um paciente? Teste seus conhecimentos agora com o Quiz PEBMED.

Você atende um paciente jovem que refere lesão cística com orifício central em lóbulo de orelha, de evolução há meses. Na última semana relata dor local, edema e saída de conteúdo purulento (figura 1).

Quiz 1/

Qual a conduta mais adequada para esse provável cisto epidermoide? 

Comentários

Os cistos epidermoides (cistos sebáceos) são cistos cutâneos muito comuns, principalmente na terceira e quarta décadas de vida, com maior acometimento de homens (2:1). São nódulos subepidérmicos encapsulados e benignos, com parede composta por epitélio, formados a partir do entupimento do orifício folicular, com gradual acúmulo de queratina. As localizações mais comuns são face, pescoço e tronco, mas podem ser encontrados em qualquer topografia, como áreas genitais, dedos e mucosa oral. 

Clinicamente caracterizam-se por um nódulo compressível com abertura central, geralmente assintomático, mas que pode evoluir com inflamação e infecção após ruptura, gerando dor, eritema, calor e edema. O exsudato liberado apresenta coloração amarelada e odor fétido. O diagnóstico é clínico, mas em casos duvidosos e em lesões maiores pode ser solicitada a ultrassonografia para programar a exérese em consultório ou no hospital. 

Enquanto em cistos pequenos pode ser adotada conduta expectante ou serem tratados com laser de CO2, lesões maiores geralmente requerem uma abordagem cirúrgica. O tratamento mais eficaz é a exérese cirúrgica completa do cisto com a parede intacta. Pode-se optar por uma incisão menor na pele, expressão manual do sebo e remoção posterior da parede rompida como método alternativo, mas o risco de recorrência pode ser maior se não há garantia da remoção completa de todo o revestimento cístico. O procedimento deve ser adiado em caso de infecção ativa, pois os planos de dissecção serão mais difíceis e haverá maior risco de infecção, deiscência da ferida e recorrência. Nesses casos deve ser realizada a antibioticoterapia e avaliar a necessidade de incisão e drenagem.  

Todos material removido cirurgicamente deve ser submetido à confirmação histopatológica, para confirmar a retirada completa, evitar erros de diagnóstico e excluir a possível transformação maligna, que apesar de rara (em torno de 1% dos casos) é possível. O carcinoma espinocelular (CEC) e o carcinoma basocelular (CBC) são as neoplasias secundárias mais comuns.  

Referências bibliográficas 

  • Zito PM, Scharf R. Epidermoid Cyst. 2022 Jul 10. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan.
  • Hoang VT et al. Overview of Epidermoid Cyst. Eur J Radiol Open. 2019 Sep 5;6:291-301.  

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