Síndrome das bandas amnióticas
Caracterizada por constrição circunferencial parcial ou completa ao redor de partes do corpo. Consequências: acrossindactilia, amputação ou ausência terminal e edema localizado distal a constrição.
Etiologia: distúrbios vasculares no embrião ou ruptura amniótica com liberação de bandas que envolvem as partes (teoria mais aceita)
Fatores clínicos: constrição circunferencial completa ou parcial; mais comuns nos membros; pode ter fusão dos dedos; as estruturas proximais estão normais; amputações ou ausências podem ocorrer em qualquer nível do membro; paralisias nervosas foram associadas como sequelas dos anéis de constrição
Classificação de Paterson, quatro tipos:
- Tipo I: banda simples, superficial, normalmente transversa ou obliqua
- Tipo II: banda mais profunda provocando alterações distais (linfedema)
- Tipo III: associada a acrossindactilia
- Tipo IV: associada a amputações intrauterinas
Tratamento
- Manejo de dedos ou membros ameaçados ao nascimento: a constrição que causa isquemia distal deve ser liberada, apesar da sobrevivência do membro ser questionável muitas vezes. A liberação intra-uterina traz risco para mão e feto, sendo indicada apenas para perda da circulação que irá leva a perda do membro.
- Manejo para paralisia nervosa: pode ocorrer melhora após a liberação do nervo.
- Tratamento dos anéis de constrição: excisão dos anéis e tecidos subcutâneos combinando Z plastia e W plastia. Procedimento deve ser feito em única etapa, sendo que dois anéis adjacentes indicam procedimento estagiado.
- Tratamento da acrossindactilia: separada com os princípios da reconstrução da sindactilia.
- Tratamento da ausência digital: estruturas proximais presentes e podem ser utilizadas nas transferências de dedos
Referências bibliográficas:
- Green´s Operative Hand Surgery – WOLF, HOTCHKISS, PEDERSON, KOZIN, COHEN – 7th ed. – Elsevier – 2017
- Fotos retiradas do acervo do autor