A dermatite de contato (DC) é uma reação comum da pele causada pela exposição a alérgenos ou a agentes irritantes, sendo a dermatite de contato irritativa (DCI) uma causa bem mais comum de dermatose ocupacional do que a dermatite de contato alérgica (DCA). O trabalho úmido é o irritante de pele mais comum em trabalhadores, seguido por sabões, detergentes, solventes e óleos. As mãos, braços e face são as áreas corporais mais acometidas.
Trabalhadores expostos a líquidos ou que utilizam luvas oclusivas por período superior a duas horas por dia, e que lavam frequentemente as mãos (mais de 20 vezes por dia) apresentam elevado risco. Esse grupo inclui profissionais de saúde, prestadores de serviços de limpeza, cozinheiros, cabeleireiros, metalúrgicos e trabalhadores da construção civil.
O diagnóstico é clínico, sendo que os testes de contato servem para confirmar o diagnóstico e para investigar a substância responsável pelas lesões. No caso de substâncias irritativas, não há o mecanismo de memória imunológica, e os testes de contato não são úteis. Já nos quadros alérgicos, há uma resposta imune exacerbada a uma substância a qual o indivíduo teve sensibilização prévia, sendo o teste de contato necessário para confirmação do diagnóstico.
O ponto mais importante do tratamento é afastar o paciente do agente causador. Após essa medida, pode-se optar por corticoterapia tópica ou sistêmica associada a anti-histamínicos para controle do prurido.
Referências bibliográficas:
- Li Y, Li L. Contact Dermatitis: Classifications and Management. Clin Rev Allergy Immunol. 2021 Dec;61(3):245-281.
- Jacobsen G et al. Causes of irritant contact dermatitis after occupational skin exposure: a systematic review. Int Arch Occup Environ Health. 2022 Jan;95(1):35-65.
- Patel K, Nixon R. Irritant Contact Dermatitis – a Review. Curr Dermatol Rep. 2022;11(2):41-51